Foi um "risco calculado" para o Fluminense. O foco é a Copa Sul-Americana, onde o Tricolor faz a partida de volta contra o Nacional (URU), na próxima quarta-feira, às 19h30, no Parque Central. Com isso, o técnico Marcelo Oliveira levou uma equipe reserva para enfrentar o Santos, neste domingo. O placar foi de 3 a 0 para a equipe paulista, mas os três gols sofridos em dez minutos apagaram algumas atuações. O LANCE! faz uma análise de quem subiu e quem desceu no duelo de opções da equipe tricolor.
Rodolfo foi o principal nome do Fluminense na partida. Mesmo com o placar de 3 a 0, o goleiro impediu uma derrota por placar ainda pior na Vila Belmiro. Foram pelo menos três grandes defesas em momentos importantes da partida que chamaram atenção. Atuação para ganhar espaço, praticamente garantir a sua permanência no clube em 2019 e, porquê não, reacender uma briga pela titularidade na reta final da temporada.
Quem estava pressionado e correspondeu à altura foi Paulo Ricardo, pelo menos enquanto fez dupla com Frazan - que também se destacou ao salvar um tento santista quase em cima da linha. O zagueiro foi contratado para ser reserva imediato do trio defensivo, mas ainda devia uma grande atuação. Enquanto o Flu conseguiu segurar o Santos, o camisa 32 foi quase impecável: oito rebatidas, cinco desarmes e bom aproveitamento no jogo aéreo.
Pela versatilidade e experiência, Airton foi outro que ganhou pontos. Mesmo levando um cartão amarelo logo no início da partida, teve atuação inteligente, sabendo fazer a leitura do ataque do Santos. Por atuar tanto como zagueiro quanto volante e ter histórico de partidas internacionais, pode ser importante em momentos decisivos. O atleta chegou a tomar o lugar de Richard, mas as lesões atrapalharam a sua sequência.
Já Fernando Neto não está inscrito na Copa Sul-Americana e voltou a atuar pelo Fluminense após três anos. Mostrou serviço: quase marcou um golaço e organizou a saída de bola. Errou um passe bobo no terceiro gol santista, além de ter sentido cansaço e falta de ritmo devido ao tempo de inatividade. Com pouca expectativa, foi uma grata surpresa.
Quem deixou a desejar?
A falta de poder de fogo foi um problema do Fluminense na Vila Belmiro. Apesar de assustar em algumas oportunidades no primeiro tempo, a equipe não chutou a gol na segunda etapa. Com Daniel bem marcado e Dodi sobrecarregado na marcação, as dificuldades para criar ficaram claras e o exagero nas ligações diretas foram visíveis.
Júnior Dutra e Marcos Júnior formaram a dupla de ataque, ficaram os 90 minutos em campo e terminaram a partida sem chutar a gol. O primeiro, adiantado na função de centroavante, teve que usar a sua força física para disputar bola com a alta defesa santista. Teve algum sucesso, mas não foi efetivo. Já o segundo, nas poucas bolas que recebeu, não conseguiu dar prosseguimento nas jogadas.
Alex estreou pelo Fluminense, mas não vai guardar a partida contra o Santos entre os seus melhores momentos. Entrou aos 32 minutos, cometeu pênalti aos 38, e falhou nos dois gols seguintes. Com apenas 19 anos, se destacou com boas atuações no Sub-20, mas não conseguiu trazer para os profissionais.