Sobe e desce: quem sai de 2020 em alta ou em baixa no Fluminense

Tricolor teve ano irregular, com título da Taça Rio, eliminações na Sul-Americana e na Copa do Brasil, além de briga por Libertadores no Campeonato Brasileiro

imagem cameraFluminense está em sétimo no Campeonato Brasileiro (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 28/12/2020
15:01
Atualizado em 29/12/2020
06:00
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Depois da derrota para o São Paulo na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Fluminense não entrará mais em campo em 2020. A temporada irregular de vários dos jogadores utilizados inicialmente por Odair Hellmann e, posteriormente, por Marcão acabaram traduzindo os altos e baixos do time. O LANCE! faz um levantamento e mostra um sobe e desce dos atletas considerando os rendimentos em todas as competições.

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MAIS DE 50% DOS JOGOS

EM ALTA

O primeiro critério de divisão dos atletas será considerar aqueles que mais estiveram em campo pelo Flu. Quem sai como líder do grupo dos "em alta" é o zagueiro Luccas Claro. Quarto reserva até a estreia no Brasileirão, em agosto, o jogador é um dos destaques da equipe e tem cinco gols no ano. O outro nome forte na lista é Yago Felipe. O meio-campista chegou a perder a vaga no time, mas vem aproveitando as oportunidades. Bom na marcação e na chegada à frente, o jogador é bastante elogiado pela entrega em campo. Ele tem dois gols e uma assistência.

Por tudo que fez, especialmente no início do ano, Nenê é outro que entra na lista dos jogadores em alta. Com 20 gols e três assistências, o meia foi o nome mais decisivo do Fluminense neste ano. Quem vem fazendo falta é o jovem Luiz Henrique. Ele subiu ao time principal logo no retorno às atividades na pandemia e assumiu a titularidade em pouco tempo. Com convocações e Covid-19, porém, o atacante acabou sendo desfalque em algumas partidas.

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INTERMEDIÁRIO 

No "meio da tabela", está Muriel. Bastante criticado pela torcida, o goleiro teve um ano marcado por falhas importantes, mas também ajudou em alguns momentos. Inclusive, ele acabou sendo o herói do título do Estadual na disputa por pênaltis. No entanto, está há cinco rodadas sem jogar, barrado por Marcos Felipe. Michel Araújo apareceu com maior destaque desde o início do Brasileirão, mas teve uma temporada irregular. Tem dois gols e uma assistência. Além deles, o zagueiro Nino viveu algumas fases difíceis no ano com falhas, mas segue sendo titular quando está disponível. Tem três gols.

A maioria dos atacantes do time entrará neste ou no próximo grupo. Melhor em campo contra o São Paulo, Fred mostrou um pouco de sua qualidade nesses meses de Fluminense, mas está longe de ser decisivo. O camisa 9 marcou três gols e deu duas assistências. Wellington Silva, com cinco gols e duas assistências, e Caio Paulista, com dois gols e uma assistência, são úteis em situações de velocidade e chegaram a marcar gols importantes, mas não conseguiram ter uma sequência positiva.

EM BAIXA

O primeiro deste grupo poderia também estar no anterior, mas termina em baixa por ter sido bastante irregular. Marcos Paulo oscilou ao longo da temporada e, apesar de ser o terceiro artilheiro do time, com oito gols, ainda não conseguiu encontrar o posicionamento ideal. Ele tem sete assistências. O lateral-direito Igor Julião mostrou algumas virtudes depois da saída de Gilberto, tanto que chegou a barrar Calegari e ser titular, mas já voltou a perder a vaga para o jovem. Tem três assistências no ano.

O volante Hudson é um dos jogadores mais contestados pela torcida atualmente. O jogador foi importante na metade da temporada, quando fazia uma boa trinca com Dodi e Yago ou Yuri, mas os erros bobos e lentidão no posicionamento acabam pesando contra. Tem um gol e três assistências. O atacante Felippe Cardoso chegou a estar fora dos planos, ganhou mais espaço e vem sendo utilizado especialmente no final das partidas, mas, apesar do esforço, não tem o mesmo talento de Fred. Tem três gols e uma assistência.

Por fim, mais dois nomes. Primeiro, Paulo Henrique Ganso, que novamente faz uma temporada abaixo da expectativa. Era reserva com Odair Hellmann e continua sendo com Marcão. Teve alguns lampejos. Tem um gol e duas assistências. Motor do time e um dos melhores do Fluminense em 2020, Dodi entrará no grupo dos atletas em baixa pela maneira como encerrou a passagem pelo clube. Sem um acordo por renovação, ele acabou afastado do elenco.

Marcos Felipe em ação pelo Flu (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

MENOS DE 50% DOS JOGOS

EM ALTA

Um dos principais nomes do Fluminense nessa reta final é o goleiro Marcos Felipe. Ele acabou ganhando a posição de Muriel e vem correspondendo. São 10 partidas em 2020, sendo oito no Brasileirão e duas no Carioca, e 11 gols sofridos. Além dele, outro jogador formado em Xerém que apareceu bem foi Calegari. Mais utilizado depois da venda de Gilberto, o jovem conquistou a titularidade, chegou a perder, mas iniciou novamente contra o São Paulo. 

Das últimas contratações feitas pelo Flu, Danilo Barcelos e Lucca também entram neste grupo. O lateral tem sido criticado nas últimas partidas por vacilos defensivos, mas foi bem quando chegou em um momento que Egídio vivia uma crise no rendimento. Já o atacante vem sendo útil no segundo tempo dos jogos. Ambos tem um gol e uma assistência.

INTERMEDIÁRIO

Por lesões e falta de oportunidades, Matheus Ferraz ficou um tempo sem atuar com regularidade e chegou a virar o quarto zagueiro na fila. Com a saída de Digão, Nino com Covid-19 e Luccas Claro agora lesionado, ele acabou assumindo a titularidade nas últimas partidas. Tem uma assistência. Dois volantes jovens que merecem destaque são André e Martinelli, que podem ser importantes na sequência. O primeiro atuou em sete partidas pelo profissional e o segundo em duas. Ambos tem 19 anos.

EM BAIXA

Por fim, quem termina em baixa são Egídio, Yuri e Fernando Pacheco. O lateral-esquerdo era o titular absoluto da posição, mas, muito contestado, perdeu de vez a titularidade para Danilo Barcelos. Porém, ainda é o líder em assistências do Flu, com sete, ao lado de Marcos Paulo. Já o volante teve bons momentos, é verdade, mas entra neste grupo principalmente por conta das atuações nas últimas rodadas. Com 23 jogos no ano, o atleta teve algumas partidas seguidas como titular no início do Brasileiro, mas caiu de rendimento. Por fim, Pacheco era um dos reservas mais utilizados por Odair, mas as lesões acabaram com a sequência. Tem um gol e uma assistência.

O último caso é o de Miguel. Uma das promessas da base, o meia de 17 anos não conseguiu ter sequência neste ano. Mesmo com os vários pedidos da torcida, o jovem foi titular quatro vezes em 15 jogos e atuou por apenas 76 minutos desde o começo do Brasileiro. Tem três assistências.

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