Escrito por Lance!
Apesar do susto, o Fluminense venceu o Moto Club-MA por 4 a 2 e avançou na Copa do Brasil. A virada teve contorno dramático por conta dos gols sofridos no início da partida, fazendo o torcedor tricolor e todos dentro do campo relembrarem a eliminação precoce na Copa Sul-Americana. No entanto, Odair Hellmann estava disposto a mudar essa história e conseguiu isso com as mudanças feitas na equipe.
A principal delas foi abrir mão de um dos volantes ainda no primeiro tempo. Yuri e Henrique mais uma vez não mostraram repertório ofensivo e com o Fluminense precisando de gols, era necessário a entrada de um jogador mais criativo. Vale lembrar que diante do Unión La Calera, Odair foi muito criticado por não ter sido corajoso, porém dessa vez o treinador não repetiu o erro e colocou Ganso em campo.
TABELA
Confira os confrontos da Copa do Brasil
O meia deu qualidade na saída de bola, dando a Nenê a liberdade para jogar mais avançado, próximo dos atacantes, aumentando o repertório ofensivo da equipe. Ganso entrou quando o Fluminense perdia por 2 a 1 e em uma tabela com Nenê, sofreu a falta que resultou no empate tricolor. A partir de então o time passou a ser mais efetivo e a vitória aconteceu naturalmente.
O curioso é que Odair Hellmann foi obrigado a mudar algumas convicções para obter a classificação. Quando foi apresentado ao Fluminense, afirmou que não cogitava escalar Ganso e Nenê ao mesmo tempo. Depois disse que dependeria e agora parece estar disposto a utilizá-los juntos, já que isso aconteceu nas últimas três partidas: derrota para o Flamengo na semifinal da Taça Guanabara, empate diante do Unión La Calera pela Copa Sul-Americana e agora na vitória sobre o Moto Club, na Copa do Brasil.
Evidentemente que a fragilidade do adversário ajudou para a dupla ter rendido bem. Portanto, não há como cravar que Ganso e Nenê jogarão juntos a partir de então. Porém o jogo pode servir para Odair "soltar" mais a equipe, abrindo mão de um dos volantes de marcação, mudando assim mais uma de suas convicções, o que é normal para um início de trabalho, apenas 10 jogos sob o comando do treinador.