Capitão do Fluminense, Thiago Silva minimizou a perda do título do Campeonato Carioca para o Flamengo, neste domingo (16). O zagueiro acredita que o Tricolor está em evolução após um início de temporada muito complicado devido ao começo ruim no estadual.
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O defensor do Fluminense também lamentou um início de temporada tão corrido por conta do calendário brasileiro. Thiago Silva fez uma comparação com a Europa, mas também projetou os próximos dias de trabalho visando o início do Brasileirão.
- A gente está em uma crescente. Acabamos o ano muito mal. O lado bom é você botar o Fluminense novamente em uma final. Tivemos muita dificuldade para classificar o time iniciando depois. E quando você se dá conta, você não conseguiu ter os bons resultados com o time misto e tem que acelerar os processos. O processo de uma pré-temporada. Na Europa, esse Carioca é nossa pré-temporada para o ano todo. No Brasil, nossa pré-temporada tem que competir. Isso te destrói fisicamente. O Fuentes teve uma lesão grave, quase grau quatro. Uma lesão bem grave para o início de temporada. Mas vejo um futuro promissor. Botar o Fluminense numa final, te dá um algo mais, por mais que as pessoas só olhem para o campeão. É seguir trabalhando. Tem uns dias na Data Fifa para descansar e trabalhar de olho no Fortaleza para começar bem no Brasileiro e ser diferente do que fomos no ano passado.
Thiago Silva também fez uma análise da segunda partida da final do Campeonato Carioca entre Fluminense e Flamengo. O zagueiro observou semelhanças com o duelo de ida e explicou o motivo da equipe não ter conseguido superar o rival no fim de semana.
- O início do nosso jogo foi similar ao passado. A diferença foi que no início conseguimos suportar a pressão, não tomamos gol. Na ocasião passada, o gol nos tirou um pouco do controle do que tínhamos planejado. No segundo tempo, passamos a querer jogar um pouco mais. O primeiro tempo foi muito abaixo do que somos capazes. Mas o time está em evolução, tem o Ganso ainda pra voltar, o Lima voltou ao time titular. Temos um plantel muito legal no aspecto técnico e tático, mas o jogo foi bem difícil, bem parelho. Eles tinha a vantagem, então não jogaram tão aberto quanto na semana passada e demoramos a entender onde estavam os espaços. O jogo vai passando, você vai entrando na adrenalina, eles vão ficando mais confortáveis e o jogo se encaminha para um final nervoso, onde você se expõe completamente. Isso te causa perturbações de vez em quando. Eu acho que fizemos coisas boas em 30, 45 minutos e isso te deixa com a sensação de evolução.
Nesta segunda-feira (17), o Fluminense tem folga programada antes de iniciar a preparação para o início do Brasileirão. No sábado (29), o Tricolor viaja para encarar o Fortaleza, às 17h30 (de Brasília), no Castelão.
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Arbitragem
- O jogo passado vocês viram tudo o que aconteceu. As tomadas de decisões para um lado, não para o outro. A entrada do De La Cruz por trás no Serna. Mas a gente fala, fala e vai soar como desculpa. As pessoas pegam o corte da entrevista e colocam como se estivesse chorando por ter perdido. Procurei conversar muito com o Bruno, porque ele é acessível, mas na semana passada foi difícil falar com o árbitro. A jogada dele com o menino (Luiz Araújo) com o Mano foi bem visível. O árbitro não tem que separar brigar. Quando você tem uma discussão, o árbitro se afasta e vê o que está acontecendo. Não tirar o menino da discussão. Ele tirou a primeira vez, depois o menino mostrou a tatuagem. Então dá um amarelo, e o menino vai parar. Hoje foi muito melhor o diálogo com o Bruno. Na semana passada, dava até certo medo, porque o Yuri estava muito agressivo com o nosso time. Hoje não. A gente reclama por causa do acréscimos, não reclamei de nenhuma ação de expulsão ou de amarelo. Muita substituição no segundo tempo, duas situações de VAR. Foi o que fui falar com ele, mas sempre com muito respeito.
Disputa com o Flamengo
- O outro time é muito bem treinado. Sabe os gatilhos de pressão, pra onde te indicar e fazer a pressão alta. Dois meio-campistas que conseguem ler bem a saída de bola e pressionam os caras de dentro, e a gente não tem uma possível clareza em uma virada de bola. Faz parte do jogo, de uma final nervosa, principalmente para o nosso lado, que estávamos com o resultado adverso. Mas eles marcam muito bem. Se a gente conseguir ter mais tranquilidade nesses jogos que eles nos pressionem lá atrás, a gente consegue sair da primeira pressão e estoura lá. É olhar esses momentos com tranquilidade para que a gente possa melhorar nessa nossa iniciação e acredito que a gente tem tudo pra fazer um ano bem melhor do que o ano passado.