Invicto no Campeonato Brasileiro, o Fluminense terá mais um adversário complicado pela frente na próxima quinta-feira, no Maracanã. Mas o duelo diante do Santos, às 19h, terá um personagem importante, provavelmente na reserva: Paulo Henrique Ganso. Cogitado pelo Peixe, o meia vê seu retorno à Vila Belmiro cada vez mais distante. Se a mudança na carreira esfriou, a briga por uma vaga no meio-campo pode voltar a esquentar. Além do camisa 10, Cazares está de volta e é opção novamente.
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O equatoriano serviu sua seleção nas Eliminatórias e foi liberado pelo Flu para permanecer no país. Ele se reapresentou junto ao restante dos companheiros nesta terça-feira. A única partida que atuou foi contra o Brasil, entrando já nos minutos finais. Nene, considerado titular, ficou no banco no 2 a 2 com o Red Bull Bragantino no último domingo, mas entrou no segundo tempo e participou do lance que gerou o pênalti do gol de empate.
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Com relação a Ganso, o meia esperava que a ausência de Cazares pudesse mudar sua situação de terceira opção. Ele até foi titular contra o Bragantino, mas, mesmo jogando bem, foi sacado por Roger Machado ainda no começo do segundo tempo, aos 17 minutos, sem esconder a insatisfação com a saída precoce. Na entrevista coletiva após o jogo, o treinador não explicou claramente o que achou da atuação, dizendo apenas que Ganso e Nene tem características diferentes.
A negociação com o Santos parecia bem encaminhada e os clubes avançavam para um acordo, mas não se chegou a um consenso financeiro. Além disso, houve dois fatores: a rejeição por parte da torcida e nos bastidores, além da liberação de Camacho. Ganso tem contrato nas Laranjeiras até o fim de 2023.
Desde que chegou ao Fluminense, Cazares tem 13 partidas, sendo quatro como titular, e duas assistências. Já Ganso conviveu com lesões na última temporada e nesta esperava ter mais espaço. Até aqui, ele disputou apenas 10 dos 26 jogos do Fluminense, seis como titular (nenhum deles com o time completo). Em outras 11 ocasiões, o meia sequer saiu do banco. Ele soma 522 minutos com duas assistências e três gols.
Titular absoluto, Nene foi reserva apenas duas vezes na temporada e só ficou no banco sem entrar uma vez, quando Roger jogou com um time misto. Quando foi desfalque, havia sido poupado. Aos 39 anos, ele tem 18 partidas, três gols e seis assistências, líder neste quesito. Mesmo com as críticas por parte da torcida, é um dos homens de confiança não só de Roger, mas também de Odair Hellmann, que esteve no clube no ano passado.
– Por vezes o que o torcedor fala é opinião, as nossas avaliações internas são técnicas e táticas, o que o jogador pode render. Ainda mais nesse modelo que passamos a atuar nos últimos jogos. Embora com seus 39 anos, o Nenê tem um limiar muito alto, em nenhum momento deixa de correr ou de fazer as funções táticas que são importantes para essa função - defendeu Roger após a classificação na Copa do Brasil.
Com cinco pontos, o Fluminense é o sétimo colocado no Campeonato Brasileiro. Na quinta-feira, a equipe recebe o Santos, às 19h, no Maracanã, pela quarta rodada da competição.