‘A cura do meu pai é o maior troféu que eu poderia levantar’: ex-Grêmio abandonou futebol por câncer
Goleiro de Série A do Brasileirão e com passagens por Fluminense e Grêmio, Júlio César paralisou carreira e recusou propostas para dar seu máximo ao lado do pai, que tem câncer
O goleiro Júlio César foi chamado de maluco por torcedores e pessoas próximas ao decidir paralisar sua carreira, aos 33 anos, em fevereiro de 2021 para ajudar seu pai na cura de um câncer de garganta. Defensor de clubes da Série A do Brasileirão e com passagens na Europa, o arqueiro analisou o duro período e reforça que fez a escolha correta.
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- Eu orei e recebi que era tempo de dar uma pausa, de estar com ele. Foi uma decisão que me trouxe tranquilidade e paz. Muitos acharam que eu era maluco, chamaram-me de louco por fazer isso. De nada adiantaria ter acertado com um grande clube e não estar ao lado do meu pai, dar forças a ele, independente dele ter se curado ou ter partido. Eu tinha que fazer o meu máximo como filho. A cura do meu pai é o maior troféu que eu poderia levantar - disse o goleiro, em entrevista ao Uol.
Para Júlio, deixar os gramados definitivamente nunca foi uma opção real. Mesmo com a pausa, o goleiro garante que está perto de retomar sua carreira. Além disso, ele segue mantendo uma pesada rotina de treinos particulares para voltar com tudo para debaixo das traves.
Júlio César iniciou no esporte pelo Botafogo. Depois, passou cerca de sete temporadas atuando na Europa, onde vestiu as camisas de Belenenses, Granada, Benfica e Getafe. Quando retornou ao Brasil, Júlio se destacou pelo Fluminense, até ir para o Grêmio em 2019.