Andrea Papi, de 26 anos, morreu na última quarta-feira em uma trilha no nordeste da Itália após um ataque de um urso. Este foi o primeiro incidente registrado no país europeu, que conta com cerca de 120 a 200 animais da espécie. As autoridades locais divulgaram a morte do jovem na sexta-feira.
O fato aconteceu em uma área arborizada e montanhosa perto da cidade de Caldes, na região de Trentino. O alpinista teria se deparado com animal e sofrido o ataque. A família do jovem foi quem entrou em contato com as autoridades para registrar o sumiço do alpinista, que não retornou para casa.
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Os socorristas da região encontraram o corpo do jovem durante a madrugada de quinta-feira em um barranco, com feridas profundas no pescoço, braços e estômago. Os sinais pelo corpo foram caracterizados como ataque de um animal carnívoro.
Com base na autópsia, os investigadores do caso apontaram que Andrea estava vivo no momento do ataque e tentou se defender com bastões de caminhada. As amostras do DNA encontradas no corpo irão identificar qual tipo de urso realizou a ação.
Em março, um homem já havia sido atacado por um urso na mesmo região. Os recentes casos abriram o debate sobre a segurança do contato humano com certos animais que são populares no território italiano.
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Vizinhos e especialistas pedem a identificação e o sacrifício de bichos da espécie. Annamaria Procacci, da Associação Nacional de Proteção aos Animais (Enpa), denunciou a ausência de uma política preventiva para os ursos.
- O homem não é uma presa para o urso. Pelo contrário, o urso é um animal particularmente medroso que se mantém afastado dos humanos - explicou à AFP a ecologista, que lamentou a falta de esforços para "desencorajar o acesso a áreas onde há fêmeas de urso com filhotes".