Ao L!, Bruno Vicari e Mari Spinelli falam sobre a emoção de apresentar o prêmio ‘Bola de Prata’
Pela primeira vez, o Bola de Prata premiar homens e mulheres e também o jogador mais engajado com o Combate ao Racismo
O prêmio 'Bola de Prata' será realizada na próxima sexta-feira, dia 10, com transmissão da ESPN Brasil e Star+ a partir das 12 horas. A premiação chega a sua 52ª edição e terá como palco o Memorial da América Latina, onde serão premiados os melhores jogadores do Campeonato Brasileiro masculino e feminino de 2021.
Selecionados para serem os apresentadores do Bola de Prata, premiação que coroa os melhores jogadores da temporada do Campeonato Brasileiro, Bruno Vicari e Mariana Spinelli são os comandantes da 1º edição do SportsCenter, a principal atração jornalística da ESPN Brasil.
Com um clima descontraído, a primeira edição do programa diário vai ao ar às 11h e fala sobre as principais notícias do esporte mundial, mesclando o jornalismo com assuntos do momento que vão de referências pop até as famosas dancinhas do Tiktok.
Em entrevista exclusiva ao Lance!, a dupla de apresentadores falou sobre a premiação ESPN Bola de Prata Sportingbet e a relação que construíram comandando o SportsCenter:
Como vocês se sentem sendo selecionados para apresentar a maior edição da história do Bola de Prata?
Bruno: “Fiquei muito feliz. Já participei da apresentação em 2019 e nesse ano fui chamado novamente. Acho isso muito legal e muito especial por dois motivos: Primeiramente, porque é a maior premiação, são mais de 50 edições e essa é a maior de todas porque também vamos premiar a seleção do campeonato feminino. Essa é uma marca muito importante da edição deste ano e isso é muito relevante. Também acho especial por ser a volta da cerimônia presencial. No ano passado foi um evento menor e neste ano voltamos a fazer algo maior. O Bola de Prata é muito importante para a ESPN e estar na apresentação de tudo isso é um privilégio, sem dúvidas”.
Mari: “Eu ainda não consigo processar tudo que vem acontecendo. Levo tudo com muita seriedade e responsabilidade, sei que o fato de eu ser nova faz com que eu me cobre mais que qualquer outra pessoa, mas é uma honra porque é fruto de muito trabalho, dedicação e muito suporte de gente importante que vem me ajudado nessa caminhada. É um momento especial estar apresentando o prêmio logo na primeira edição que vamos premiar as mulheres. É uma simbologia bem legal de nova cultura, nova geração das mulheres no esporte e no meio do futebol. Eu sinto uma grande responsabilidade e quero fazer o meu melhor para entregar o melhor trabalho possível e retribuir a confiança de todo mundo”.
Pela primeira vez, o Bola de Prata premiará o jogador mais engajado com o Combate ao Racismo. Bruno, como você enxerga esta iniciativa sendo aplicada na principal premiação do esporte mais assistido do país?
Bruno: “O Bola de Prata este ano já tem um ponto muito importante que é premiar as mulheres. Termos também uma categoria que ressalta a importância do combate ao racismo agrega ainda mais à premiação. Primeiro porque a gente destaca como o esporte é importante nestas lutas e como a gente tem uma responsabilidade muito grande fazendo isso numa emissora como a ESPN, porque a gente está na casa das pessoas e o futebol também está na casa das pessoas. Então passarmos esse tipo de mensagem é importante para quem está assistindo e também é uma maneira de incentivarmos os jogadores a aderirem a esta luta. Até porque eles muitas vezes sofrem com isso, a gente vê que isso ainda está presente no futebol. Usar uma premiação tradicional como o Bola de Prata para participar desta luta de combate ao racismo é uma responsabilidade nossa e algo que nos enche de orgulho, porque a mensagem vai chegar a todos que estão assistindo”.
O Bola de Prata é a premiação mais tradicional do futebol nacional. Mari, de que forma você enxerga que o prêmio pode impactar o cenário do futebol feminino?
Mari: “Quando a gente tem igualdade na premiação, a gente equipara o nível de importância. Então isso abre o olho das pessoas e elas pensam: ‘Poxa, talvez tenha algo muito legal acontecendo aqui no futebol feminino’. Então quando elas vão para um prêmio importante do futebol nacional, a gente mostra que o futebol feminino é uma realidade e que as meninas vão ser premiadas da mesma forma. Elas jogam talvez sem a mesma estrutura, sem o mesmo desenvolvimento físico, mas estão jogando num nível que já tem um público consolidado. É um momento de afirmação e com a chegada do feminino no Bola de Prata a gente mostra para pessoa que nunca foi impactada pela competição o rosto das melhores jogadoras, que podem ser o futuro da Seleção Brasileira”.
Bruno, você sempre se destacou por sua criatividade e bom humor apresentando. A energia e espontaneidade da Mari Spinelli ajuda a ter novas ideias e entregar programas diferentes do que vemos no cenário esportivo?
“A Mari é um fenômeno. Ela começou a apresentar programas neste ano e logo de cara a gente se entendeu muito bem porque ela tem um raciocínio muito rápido e acima de tudo a gente se diverte muito fazendo o SportsCenter e acho que até por isso fomos chamados para o Bola de Prata. Ela tem uma energia muito grande, uma espontaneidade muito grande e é isso que a gente quer levar para o Bola de Prata. Tenho certeza que vai ser muito legal. Nada que a gente faz é roteirizado, claro que existe uma ordem e uma organização, mas o nosso entendimento é natural e isso é muito legal e transparece no programa”.
Mari, o seu entrosamento com o Bruno Vicari é evidente no SportsCenter. A experiência dele te ajudou muito no seu desenvolvimento como apresentadora?
“Ter o Bruno comigo foi fundamental para minha confiança e para o meu crescimento. Porque além de eu aprender muito, vendo o que ele faz apresentando e instigando debate, ele me dá confiança. Não tem competitividade entre nós. É um cara que me abraçou e falou ‘Vamos fazer isso juntos’. Então ter alguém que comprou a mesma história que você, a mesma briga e as mesmas ideias facilita, porque, claro, sendo mais nova e sendo mulher existe uma pressão maior. Numa situação como essa a gente se sente mais pressionada, se cobra, tem uma pressão maior do público, das pessoas que acompanham e parece que a carga é muito maior. Quando você tem uma pessoa que está com você, te abraça nessa caminhada, te ajuda, aconselha e tem essa troca de ideias muito legal no dia a dia, você ganha confiança para exercer o seu trabalho. Eu sou muito grata ao Bruno e ele com certeza facilitou 70% do progresso para eu ter confiança e fazer o meu trabalho da melhor forma possível”.