Ao Lance!, torcedor do Grêmio conta sobre projeto para acompanhar viagens do time de Fusca

Torcedor acompanha os jogos com um Fusca de 1974

imagem cameraTorcedor viaja de Fusca para ver jogos do Grêmio (Foto: Reprodução/Instagram)
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Izabella Giannola
São Paulo (SP)
Dia 17/04/2024
11:00
Atualizado em 17/04/2024
11:31
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Um Fusca e uma paixão pelo Grêmio. Isso foi o que Guilherme Martin precisou para montar o projeto "Até de Fusca nós iremos". O nome faz alusão ao verso do hino do clube "até a pé nós iremos".

Em entrevista ao Lance!, Guilherme contou que o projeto surgiu na metade do ano passado. A ideia era unir duas paixões: o amor pelo clube e pegar a estrada para acompanhar as viagens do Imortal. Isso começou na primeira rodada do Gauchão. Mas chegou a encarar seis dias de viagem para acompanhar o Grêmio contra o The Strongest, no estádio Hernando Siles.

- O projeto surgiu na metade do ano passado quando eu decidi juntar as duas coisas que eu mais gosto de fazer, que é acompanhar o Grêmio em todos os jogos e pegar a estrada com o fusca, aí na primeira rodada do campeonato gaúcho de 2024 eu dei início ao até de fusca nós iremos - respondeu ao Lance!.

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Quanto ao planejamento, o torcedor disse que analisa as datas no calendário e pesquisar as melhores rotas.

- Eu planejo as viagens junto ao calendário do Grêmio, aí começo a pesquisar as melhores rotas para chegar ao destino, e a preparação começa sempre uns dias antes de sair, faço sempre uma revisão geral e sempre acabo tendo que ajustar alguma coisa nele para pegar a estrada com segurança - explicou sobre o procedimento.

O Fusca é um modelo do ano de 1974. Mas algumas destas histórias já contaram com alguns perrengues. Ao Lance!, contou que na final da Recopa Gaúcha, o carro apresentou alguns problemas e, por pouco, não pegou fogo.

- Já rolaram vários perrengues, na volta do jogo contra o são Luiz, na final da recopa gaúcha, o fusca teve diversos problemas, o carburador entupiu várias vezes, o rotor do distribuidor danificou e acabou gerando vários problemas elétricos nele, inclusive entrando em curto geral, derretendo todos os fios, por pouco que o fusca não pega fogo - contou.

Em uma ida para La Paz, também teve outra situação. No caso, com um pneu estourando. O gaúcho foi ajudado por dois colombianos.

- Na ida a La Paz, o pneu estourou quase chegando no destino, e meu estepe estava murcho, tive a sorte que fui socorrido por dois colombianos que estavam voltando do Ushuaia de moto vespa, eles tinham na mochila um calibrado de pneus portátil, aí calibraram o meu estepe e consegui chegar a La Paz - completou.

(Foto: Divulgação)

No momento, após viajar para acompanhar o Grêmio pela estreia no Brasileirão contra o Vasco, mais uma questão surgiu: Guilherme ficou 'preso' no Rio de Janeiro porque o Fusca ficou sem freios. Mas, está realizando todos os ajustes necessários.

- Agora estou no Rio de Janeiro tentando voltar a Porto Alegre, após ter assistido à derrota do Grêmio para o Vasco, e tô aqui parado com o fusca porque ele ficou totalmente sem freios, estou fazendo o conserto dele para poder seguir viagem - relatou.

A ideia é acompanhar todos os jogos. Guilherme registra tudo na sua conta do Instagram, dedicada ao projeto. Somente na primeira fase da Copa Libertadores, o Grêmio deve percorrer 10.576 quilômetros. Quanto a rotina, também relatou ao Lance! como se organiza.

- A minha rotina é sempre rodar durante o dia, e fazer paradas de pelo menos 30 minutos a cada duas horas rodando, pois o motor do fusca aquece muito, e para não forçar muito, as paradas são necessárias. Durante a noite eu paro para descansar, na maioria das vezes em postos porque eu durmo dentro do fusca e aí é mais seguro, quando paro em cidades mais desertas, eu acabo sempre procurando alguma pousada ou camping para poder guardar o fusca e descansar tranquilo - contou.

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