Um Fusca e uma paixão pelo Grêmio. Isso foi o que Guilherme Martin precisou para montar o projeto "Até de Fusca nós iremos". O nome faz alusão ao verso do hino do clube "até a pé nós iremos".
Em entrevista ao Lance!, Guilherme contou que o projeto surgiu na metade do ano passado. A ideia era unir duas paixões: o amor pelo clube e pegar a estrada para acompanhar as viagens do Imortal. Isso começou na primeira rodada do Gauchão. Mas chegou a encarar seis dias de viagem para acompanhar o Grêmio contra o The Strongest, no estádio Hernando Siles.
- O projeto surgiu na metade do ano passado quando eu decidi juntar as duas coisas que eu mais gosto de fazer, que é acompanhar o Grêmio em todos os jogos e pegar a estrada com o fusca, aí na primeira rodada do campeonato gaúcho de 2024 eu dei início ao até de fusca nós iremos - respondeu ao Lance!.
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Quanto ao planejamento, o torcedor disse que analisa as datas no calendário e pesquisar as melhores rotas.
- Eu planejo as viagens junto ao calendário do Grêmio, aí começo a pesquisar as melhores rotas para chegar ao destino, e a preparação começa sempre uns dias antes de sair, faço sempre uma revisão geral e sempre acabo tendo que ajustar alguma coisa nele para pegar a estrada com segurança - explicou sobre o procedimento.
O Fusca é um modelo do ano de 1974. Mas algumas destas histórias já contaram com alguns perrengues. Ao Lance!, contou que na final da Recopa Gaúcha, o carro apresentou alguns problemas e, por pouco, não pegou fogo.
- Já rolaram vários perrengues, na volta do jogo contra o são Luiz, na final da recopa gaúcha, o fusca teve diversos problemas, o carburador entupiu várias vezes, o rotor do distribuidor danificou e acabou gerando vários problemas elétricos nele, inclusive entrando em curto geral, derretendo todos os fios, por pouco que o fusca não pega fogo - contou.
Em uma ida para La Paz, também teve outra situação. No caso, com um pneu estourando. O gaúcho foi ajudado por dois colombianos.
- Na ida a La Paz, o pneu estourou quase chegando no destino, e meu estepe estava murcho, tive a sorte que fui socorrido por dois colombianos que estavam voltando do Ushuaia de moto vespa, eles tinham na mochila um calibrado de pneus portátil, aí calibraram o meu estepe e consegui chegar a La Paz - completou.
No momento, após viajar para acompanhar o Grêmio pela estreia no Brasileirão contra o Vasco, mais uma questão surgiu: Guilherme ficou 'preso' no Rio de Janeiro porque o Fusca ficou sem freios. Mas, está realizando todos os ajustes necessários.
- Agora estou no Rio de Janeiro tentando voltar a Porto Alegre, após ter assistido à derrota do Grêmio para o Vasco, e tô aqui parado com o fusca porque ele ficou totalmente sem freios, estou fazendo o conserto dele para poder seguir viagem - relatou.
A ideia é acompanhar todos os jogos. Guilherme registra tudo na sua conta do Instagram, dedicada ao projeto. Somente na primeira fase da Copa Libertadores, o Grêmio deve percorrer 10.576 quilômetros. Quanto a rotina, também relatou ao Lance! como se organiza.
- A minha rotina é sempre rodar durante o dia, e fazer paradas de pelo menos 30 minutos a cada duas horas rodando, pois o motor do fusca aquece muito, e para não forçar muito, as paradas são necessárias. Durante a noite eu paro para descansar, na maioria das vezes em postos porque eu durmo dentro do fusca e aí é mais seguro, quando paro em cidades mais desertas, eu acabo sempre procurando alguma pousada ou camping para poder guardar o fusca e descansar tranquilo - contou.