Após 34 anos no jornalismo esportivo da Globo, passando também pela cobertura do jornalismo social, político e de guerra, Marcos Uchôa resolveu pedir demissão da Globo. A decisão foi anunciada em um texto publicado no portal 'ge', da Globo.
- Acho que foi uma conjunção de fatos a minha decisão de deixar o jornalismo agora. Cobri a epidemia de Covid pelo Fantástico, fiz a série ‘Retratos de uma Guerra Sem Fim’ no Globoplay e minha última entrevista foi para o Esporte Espetacular, no quadro Duplas Espetaculares. E logo quem? Zico e Júnior, ídolos da minha infância. Fiz de tudo na carreira. Queria uma novidade. Ajudar mais efetivamente as pessoas - contou Uchoa.
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O jornalista garantiu que a decisão não se trata de aposentadoria, mas sim de uma vontade de mudar de vida.
- Garanto que não vou mudar para o interior! Quero fazer alguma coisa, ter uma ideia, uma ONG e certamente pôr no papel o livro, que tanto me cobraram, e que eu sempre quis escrever. Vai ser sobre as coisas que vivi, as coisas que penso. Numa reportagem, você pode até deixar escapar uma opinião, mas no livro poderei ser claro. Falar de racismo, da situação da mulher, do desemprego dos jovens, economia. A ideia é fazer uma comparação destes temas, tão importantes para o Brasil de hoje, com o que vi lá fora durante todos estes anos - afirmou.
- Não foi algo pensado. Mas eu realmente já fiz de tudo no jornalismo. Ao Catar, já fui oito vezes. Então, cobrir a próxima copa seria, digamos assim, “mais do mesmo”, apesar de sabermos que jornalismo não é algo previsível. E houve uma conjunção de trabalhos recentes, super produtivos e importantes, que me deram a certeza de serem uma mensagem para que eu fechasse o ciclo. Cobrir a epidemia da Covid, durante um ano e meio, no Fantástico - conclui.
Marcos Uchôa terá uma despedida na próxima segunda-feira, no programa 'Bem, Amigos!', do SporTV, apresentado por Galvão Bueno.