Após a morte de Pelé nesta quarta-feira, em São Paulo, a família da lenda do esporte pediu ao Santos a aposentadoria da camisa 10. Dessa forma, caso o alvinegro praiano conceda a homenagem, nenhum jogador poderá utilizar o número a partir de da próxima temporada. Mas, afinal, isso é permitido? Abaixo, o LANCE! apresenta a você, torcedor, se a ação é permitida no futebol brasileiro.
Prática comum no basquetebol, o Santos pode aposentar a camisa número 10. Não existe, tanto no Brasil quanto no esporte como um todo, qualquer proibição relacionada a aposentadoria de camisas de um clube.
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O próprio Rei, inclusive, possui o número 10 aposentado no New York Cosmos, último clube de sua carreira. A equipe norte-americana só usa a camisa quando é obrigatório. Amigo de Pelé, Maradona também teve a sua camisa aposentada, em 1991, pela equipe do Napoli. O América-RJ não possui mais jogadores com o número 11, pouco depois de Romário pendurar as chuteiras.
Maior jogador de todos os tempos, Pelé se notabilizou, desde o início de sua carreira, com a camisa 10. Pelo Santos, a partir de 1956 - com apenas 15 anos -, o Rei do Futebol deu significado, valor e sentimento ao número que, atualmente, é o mais cobiçado entre os grandes atletas.
Não só pelo Santos, Pelé recebeu a camisa 10 para disputar a Copa do Mundo de 1958, na Suécia, e seguiu com a dez da Amarelinha até a sua aposentadoria do esquadrão. Portanto, Pelé é o grande motivo para gênios como Maradona, Messi e Zidane terem utilizado o número 10 ao longo de suas respectivas carreiras.
O LANCE! apurou que o pedido da família, até o momento informal, foi feito durante ligação com o presidente do Santos, André Rueda. Recentemente, Rueda já havia ressaltado a possibilidade de aposentadoria do número em entrevistas a diferentes veículos e produtores de conteúdo.
De acordo com os números oficiais do Peixe, Pelé marcou 1.091 gols em 1.116 jogos com a camisa branca e preta. Ele atuou pelo clube de 1956 a 1974.
Pelé faleceu pacificamente na última quarta-feira, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele estava acompanhado de parte de sua família e teve falência múltipla dos órgãos anunciada em boletim oficial. A morte é resultado da progressão do câncer de cólon que Pelé tratou nos últimos meses.