Árbitra Edina Alves Batista é a convidada na volta do ‘Grande Círculo’ ao estúdio
Mulher com mais jogos apitados da Série A sonha agora em se tornar a primeira brasileira em uma Copa do Mundo masculina. Programa inédito vai ao ar neste sábado, às 23h30
Um apito e dois cartões. Edina Alves Batista precisou apenas desses componentes para escrever a história. Segura, discreta, foge do estereótipo de árbitro que gosta de ser o protagonista de um jogo. Ela não precisa disso. É, reconhecidamente, uma das melhores na função atualmente no Brasil. Este ano, apitou o Mundial de Clubes masculino e dois jogos do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Uma desbravadora. Encerrou um hiato de 14 anos sem uma árbitra à frente de um jogo da Série A do Campeonato Brasileiro. É esta paranaense, nascida em Goioerê, a escolhida para ser ouvida na volta do 'Grande Círculo' ao estúdio, algo que não acontecia desde o começo da pandemia. O programa vai ao ar de forma inédita às 23h30 deste sábado, no SporTV.
Além do apresentador Milton Leite, participam desta entrevista no estúdio o comentarista Maurício Noriega e a repórter Lívia Laranjeira. Remotamente, os comentaristas Pedrinho e Sandro Meira Ricci, que foi árbitro, assim como Edina, também estarão no programa.
O próximo objetivo de Edina aponta para o Catar em 2022. Pertencente ao quadro de árbitros da Fifa, ela sonha com sua segunda Copa do Mundo – a primeira foi a feminina, em 2019, na França, quando apitou quatro partidas. "Acredito que vai ter mulher na Copa de 2022. Precisamos mostrar que temos capacidade e qualidade. Quando fui ao Mundial de Clubes este ano foi por muito trabalho, não caiu no colo", atesta a árbitra, de 41 anos.
Atualmente, Edina Alves Batista tem 23 participações como árbitra na primeira divisão masculina do futebol nacional. É a recordista entre as mulheres. Um posto que assumiu em julho deste ano, na vitória do Bahia por 2 a 0 sobre a Chapecoense, no interior catarinense. Um feito histórico, que ela espera ser capaz de abrir caminhos. "Nós temos capacidade de qualquer coisa. Mas temos de acreditar na gente em primeiro lugar e estarmos preparadas para as oportunidades, deixar as portas abertas para outras meninas", avisa.