Ao L!, ator de ‘Cidade de Deus’ fala sobre jogador Zépiqueno: ‘Que loucura!’
Ator Leandro Firmino, que viveu o eterno Zé Pequeno em 'Cidade de Deus', falou sobre a homenagem do jogador do Feyenoord registrado como Zépiqueno
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Se você gosta de assistir filmes, você certamente conhece o personagem "Zé Pequeno", o temido vilão do filme "Cidade de Deus". A atuação do ator Leandro Firmino ficou eternizada nas telas dos cinemas brasileiros e seus bordões sempre foram muito reproduzidos por fãs, mesmo 18 anos depois do filme. Homenagens de fãs são comuns, mas teve um em questão que chegou a outro nível.
Na última segunda-feira, uma história curiosa viralizou nas redes sociais. Trata-se de um jogador de 14 anos do Feyenoord chamado Zépiqueno Redmond. Sim, Zépiqueno. Confira algumas reações nas redes sociais com a história:
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Ainda tentando superar que existe um jovem jogador chamado Zépiqueno Redmond. Sério. Eu não consegui conceber ainda tamanha genialidade.
— Маurício Simões ⭐ (@MauricioCola) April 14, 2020
o filme cidade de deus fez tanto sucesso fora só brasil que tem um jogador da base do ajax que se chama zépiqueno
— elfo coeso (@marketingCRF) April 14, 2020
SIM
É SÉRIO
Zépiqueno Redmond pic.twitter.com/O48e4yn0H0
Senhoras e senhores, temos um jogador para torcer na Holanda: ZÉPIQUENO REDMOND. https://t.co/XjmBmmudrF
— Impedimento (@impedimento) April 13, 2020
O atleta foi batizado em homenagem ao personagem brasileiro por seu pai, grande fã do filme Cidade de Deus. Ao L!, o jovem jogador confirmou a história em rápida declaração.
- Sim, meu nome vem do filme "Cidade de Deus" - afirmou.
Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o ator Leandro Firmino soube da história através da reportagem da matéria. Logo, reagiu de forma bem sincera sobre a homenagem.
- Que isso, cara! Maneiro, mas que loucura também, hein? (risos) - brincou.
O ator de 41 anos se mostrou bastante feliz com as homenagens e o reconhecimento do seu trabalho pelo papel no filme de 2002. Entretanto, ele também citou a responsabilidade que tem com crianças por conta da violência do filme, revelando que seu filho, de nove anos, nunca teve permissão para assistir o pai atuando na obra audiovisual.
- Eu me sinto feliz. Isso mostra que eu consegui realizar o meu trabalho da melhor forma possível. Para um ator, isso é ótimo. É excelente. Mas também tem uma questão de responsabilidade. Quando eu sou abordado por crianças, que não eram nascidas na época do filme mas que acabaram assistindo junto com seus pais, eu sempre tento deixar claro para eles que é um personagem, para não confundir. Por exemplo, meu filho nunca assistiu. Eu tenho um filho de nove anos e ele nunca assistiu porque eu nunca permiti. Quando se trata de crianças, eu procuro ter muito cuidado para deixar claro que é uma obra de ficção - explica.
Questionado sobre o grau da homenagem feita pelos pais de Zépiqueno, Leandro não se mostrou muito surpreso com a ousadia da homenagem, reconhecendo que muitos fãs acabam levando a sério a relação entre personagem e telespectador.
- Essas coisas não me deixam muito surpreso, não. Essas pessoas, quando são muito fãs de um trabalho ou de um artista, acabam realmente fazendo essas coisas. Há dois anos, eu estava indo para São Paulo e eu vi um rapaz com uma tatuagem do Zé Pequeno no braço, mas sendo que ele não me viu. Imagina se ele tivesse me visto? (risos). (...) Isso não é novidade, isso acontece. Há uns anos eu conheci um rapaz de Angola, que estava no Rio de Janeiro, e ele me falou que em Angola muitos meninos de bairros periféricos tem o apelido de Zé Pequeno. O Cidade de Deus é um filme que mexe mesmo. É uma obra audiovisual que mexe mesmo com o imaginário até hoje - explicou.
Por fim, Firmino envia uma mensagem ao jovem jogador, deseja sorte em seu futuro e reconhece que nunca viu antes uma pessoa lhe homenagear com o nome registrado em cartório.
- Eu desejo muita sorte para ele nessa carreira de jogador de futebol. A gente sabe que não é fácil. Que ele consiga alcançar os objetivos dele, que ele consiga chegar aonde ele quer. E falar para ele que eu gostei da homenagem. Até então, eu nunca tinha ouvido falar sobre alguém que realmente fosse registrado com esse nome, só com os apelidos. Mas registrado com esse nome, não (risos) - encerrou.
*Estagiário, sob supervisão de Tadeu Rocha.
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