‘Avisado sobre uma terceira onda, Bolsonaro abre o país para a Copa América’, lamenta Randolfe, na CPI

Vice-presidente da Comissão que investiga Governo Federal diz aceitar jogos nacionais, mas deixa crítica ao presidente da República: 'Não me parece um comportamento adequado'

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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lamentou, nesta quarta-feira, a confirmação da realização da Copa América 2021 no Brasil. Durante a CPI da Pandemia, que recebe a médica Luana Araújo - indicada e rejeitada para fazer parte do Ministério da Saúde -, o vice-presidente da Comissão Parlamentar defendeu o futebol e ainda se mostrou preocupado com uma terceira onda do coronavírus no país.

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- Semana passada, o ministro do estado da saúde nos avisou da iminência de uma terceira onda de pandemia. Do agravamento de mais mortes. (...) A semana começa com o sr. presidente da República dizendo que a Copa América será aqui (no Brasil). Uma semana depois do ministro da saúde avisar sobre uma terceira onda, o presidente abre o país para a realização de um campeonato de futebol - e nada contra o futebol. Sou Flamengo e adoro os jogos do final de semana - disparou o senador do Amapá, que encerrou:

- Mas, trazer 11 nações para cá, pelo menos 1.500 pessoas, só para satisfazer os desejos do presidente, logo após o ministro da saúde do próprio presidente advertir sobre a iminência de uma terceira onda... Não me parece um comportamento adequado. Parece-me uma ação que deve ter reflexão desta Comissão Parlamentar de Inquérito. O que eu mais quero é que os o número de mais de 465 mil mortes deixe de subir. Isso são vidas. Parentes e amigos nossos - finalizou.

Randolfe ainda confirma que protocolou um pedido solicitando que o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, para que fale na CPI da Pandemia. Os senadores seguem investigando membros e ex-participantes do governo afim de entender as decisões da gestão do presidente Jair Bolsonaro contra a Covid-19.

Antes disso, o senador e relator Renan Calheiros (MDB-AL) fez um apelo ao atacante Neymar, para que ele não jogasse a competição. Principal representante brasileiro, Bolsonaro - atualmente sem partido - confirmou que a competição acontecerá no Brasil nas próximas semanas. Apenas algumas regiões receberão as delegações e os jogos.

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