A 5ª Vara Cível de São Bernardo do Campo (SP) negou, nesta semana, uma ação de Leonardo da Silva Júnior cobrando indenização da Rede Globo. O jornalista era um dos brasileiros que cantaram uma música a uma russa em referência a cor de seus órgãos genitais. Ele alegou que a emissora fora sensacionalista ao expor o fato e utilizar o termo "assédio". A informação é do portal UOL.
Durante a Copa do Mundo da Rússia em 2018, Leonardo da Silva Júnior e uns amigos cercaram uma mulher russa em Moscou e começaram a cantar com a frase "b*** rosa". A russa não tinha conhecimento do significado da frase, mas entrou na 'brincadeira' por conta da euforia gerada. O caso ganhou proporção mundial e chegou a ser alvo de investigação das autoridades russas.
Na ação contra a Globo, o brasileiro justificou a gravação do vídeo com o local onde estavam, uma rua movimentada onde torcedores de todo o mundo "se reuniam para beber bebida alcoólica, conhecer desconhecidos, brincar com a nacionalidade dos outros e disso sempre sairão amizades e inimizades, e paquerar". Os representantes argumentaram que a mulher russa teria dito, através de telefone, que não se sentiu ofendida.
Na época, a russa apagou suas redes sociais por medo de represália de grupos nacionalistas, machistas e violentos na Rússia. Acusada de repercutir o caso de forma "desproporcional" e causando danos morais a Leonardo da Silva Júnior por conta do termo "assédio", a Globo se defendeu dizendo que cobriu o caso de forma jornalística.
- Os danos acarretados ao autor, portanto, decorreram de sua própria conduta, e não das notícias publicadas pelas requeridas - diz a decisão da Justiça, que também descartou a remoção de qualquer material publicado conforme solicitado pelo autor da ação.