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Em busca de novo clube, Denílson relembra passagem pelo Arsenal e títulos no São Paulo

No 'De casa com o L!', volante contou detalhes sobre a experiência no futebol inglês e revelou que ficou perto de acertar com o Fluminense na volta ao Brasil

Denílson - São Paulo
Denílson voltou para o São Paulo em 2011 e conquistou o título da Sul-Americana 2012 (Foto: Divulgação/São Paulo)

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Carreira internacional, convocação para a Seleção Brasileira, títulos por um grande clube brasileiro e muita história para contar. Esse é o currículo do volante Denílson, de 32 anos, que participou da live "De casa com o L!" nesta quarta-feira. Com passagens por clubes como São Paulo, Arsenal e Cruzeiro, o jogador segue em busca de um novo desafio na carreira após deixar o Botafogo-SP, no início de 2019.

Revelado pelo Tricolor do Morumbi, Denílson teve um início de carreira promissor. Além de conquistar o Sul-Americano com a Seleção Brasileira Sub-17, em 2005, o jogador também fez parte do grupo que conquistou o tri mundial do São Paulo no mesmo ano. E quase teve a chance de estar em campo naquela oportunidade.

- Eu ia entrar em campo no segundo tempo da semifinal, estava animado, mas o Paulo Autuori não colocou. Na final, quando o juiz apitou, vi todo mundo pulando e eu com 17 anos, o caçula do grupo... Foi uma coisa de outro mundo. Ser campeão mundial com aquela idade, fazer parte daquele elenco... - contou Denílson que relembra com carinho da festa no Brasil.

- Quando chegou no Brasil foi coisa de outro mundo. A Marginal Tietê lotada com a torcida do São Paulo em peso. Aquele momento nunca vai sair da minha memória.

No ano seguinte, com 18 anos, Denílson seguiu para a Europa. Vendido ao Arsenal, o jogador se deparou com novas realidades e precisou encarar os desafios sozinho. Sem a companhia da família, o brasileiro contou com o apoio de nomes mundialmente famosos como o técnico Arsene Wenger, o volante Gilberto Silva e o atacante Thierry Henry. Foram cinco temporadas em Londres e mais de 100 partidas pelos Gunners. No período, chegou a ser convocado por Dunga para um amistoso da Seleção Brasileira em 2006, mas não entrou em campo.

A partir de 2011, Denílson começou a perder espaço na equipe. A ascensão do então jovem inglês Jack Wilshere, somado a alguns problemas de lesão passaram a influenciar na sua utilização. Mas nada que tivesse equivalência aos efeitos da solidão. Segundo o jogador, a saudade do Brasil e da sua família começaram a afetar o seu psicológico, o que acabou tendo maior influência no seu rendimento naquela época.

- Foi difícil pelo tempo que fiquei "sozinho". As vezes queria conversar com alguém, mas não tinha ninguém. Tudo isso contribuiu e atrapalhou dentro de campo - disse Denílson, que completou.

- Pedi para voltar para o Brasil e conversei com o Wenger. Ele pediu para voltar para casa e pensar com calma. Ele se preocupava comigo. O Shakhtar Donestk tinha interesse. O diretor do Sevilla foi na minha casa e conversou sobre uma possível ida para a Espanha. Mas a cabeça estava cansada, não queria saber de outros países e queria voltar para o Brasil.

Segundo o jogador, o Fluminense seria o seu destino inicialmente, já que contava com o aporte de um parceiro para arcar com os custos. O São Paulo, apesar do interesse, não dispunha de uma situação financeira que permitisse um acordo naquele momento. Mas, de acordo com Denílson, um ‘jeitinho’ de Juvenal Juvêncio, presidente do clube paulista na época, selou seu retorno ao Morumbi em 2011.

- Estava tudo certo. O São Paulo na época não tinha condições de pagar o salário e o Fluminense tinha investidores e se interessou. Mas não sei o que aconteceu, o Juvenal (presidente do São Paulo na época) deu o jeito dele e acabei retornando. Mas iria para o Fluminense mesmo - finalizou.

Volta ao Brasil e emoções dentro de campo

No retorno ao São Paulo, Denílson conquistou o título da Copa Sul-Americana de 2012. Além da conquista internacional, o jogador relembra com carinho do gol marcado contra o Palmeiras no Morumbi, em jogo válido pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro do mesmo ano.

- Aquele momento foi especial porque o gol foi dedicado à minha mãe (ela faleceu quando o jogador ainda era criança). Ela era são-paulina e contava para as amigas que eu iria jogar no São Paulo. Meu pai contou isso depois de anos e eu tinha que marcar um gol no profissional para dedicar para minha mãe. E, naquele momento, eu tinha a opção do passe, mas preferi arriscar. Parecia que a mão dela estava lá. Quando eu faço o gol, todos os jogadores foram comemorar comigo porque todos sabiam da minha vontade de marcar um gol pelo profissional - lembrou.

Gol Denilson
Denílson celebra o golaço contra o Palmeiras no Brasileirão de 2012 (Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC)

O volante deixou o Tricolor em 2015 e acertou com o Al-Wahda, da Arábia Saudita, onde ficou por quase dois anos. Em 2016, foi emprestado para o Cruzeiro, mas teve poucas oportunidades. Após a saída do Botafogo-SP, Denílson segue se dedicando durante a pandemia para retomar sua carreira em alto nível.

- Tenho me dedicado ao máximo (nos treinamentos em casa). É totalmente diferente, mas tirei esse momento para melhorar minha forma física e técnica, para quando aparecer um clube eu estar melhor possível - finalizou.

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