Clubes brasileiros participam de campanha de arrecadação de alimentos

Mães da Favela Futebol Clube pretende receber um total de 12 mil toneladas de alimentos

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A Frente Nacional Antirracista (FNA) uniu forças com a Central Única das Favelas (CUFA), a Comunidade Door e clubes de futebol brasileiros para lançar a campanha Mães da Favela Futebol Clube, que teve início nesta segunda-feira.

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A ação tem como objetivo arrecadar alimentos e distribuí-los para famílias moradoras de favelas e periferias de todo o Brasil, por meio do programa Mães da Favela, da CUFA. A expectativa é que sejam recebidas, em média, 35 toneladas de alimentos, por estado, totalizando 12 mil toneladas de doações – o que equivale a um montante de R$ 100 milhões.

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Para realizar o projeto, estão sendo fechadas parcerias com clubes de todos os estados. Até o momento, já são mais de 200 confirmados, entre eles Corinthians, São Paulo, Santos, Palmeiras, Internacional, Grêmio, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Bahia, Vitória, Goiás, Ceará e Fortaleza.

Pessoas ou empresas que quiserem contribuir poderão levar suas doações até o estacionamento dos clubes participantes. Esses alimentos ficarão armazenados até o final de semana (26 ou 27 de junho, a depender do calendário de jogos de cada time).

Ao final do período de recebimento das doações, serão realizadas ações nacionais em que as lideranças das CUFAs de favelas e da FNA irão retirar os alimentos e levá-los para as famílias cadastradas no programa Mães da Favela.

- As pessoas sabem que estamos atravessando um momento difícil e têm se mostrado muito solidárias. Ao mesmo tempo, percebemos que esse sentimento do povo, aliado ao apoio dos representantes de uma paixão nacional, que é o futebol, engaja muita gente a doar. Dessa forma, esperamos conseguir apoiar ainda mais as Mães da Favela que precisam. É um momento de união, não existe rivalidade entre clubes - afirma Kalyne Lima, vice-presidente da CUFA Nacional.

- O Mães da Favela foi um grande projeto, que ajudou milhões de mulheres em 2020. Agora, neste ano, que ainda sofre com os impactos da pandemia, os clubes de futebol entrem nessa causa. O futebol se faz presente em todas as camadas da sociedade brasileira. Logo, é de suma importância que seus grandes clubes se envolvam na pauta antirracista e de ajuda humanitária - comentou Edson França, liderança da FNA e vice-presidente da Unegro.

- A gente fica muito feliz que o futebol cumpra um papel social, com tantos clubes se envolvendo na nossa causa. A Frente Nacional Antirracistas e todas as suas organizações agradecem muito a todas essas instituições - explicou Letícia Grabiella, liderança da FNA.

Além dos clubes, o projeto conta com doadores master, doadores prata e apoiadores. Assinam como parceiros master as empresas que apoiam a campanha nacionalmente. Já as patrocinadoras e apoiadoras realizam doações locais, dentro de seus próprios estados.

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