Escrito por Manuela Bianchi, supervisionado por Pedro Gilio
Com audiência igual a de horário nobre, a luta entre Popó e Bambam, no Fight Music Show 4, foi um sucesso nacional. Foi mais um exemplo de como lutas entre celebridades vêm ganhando cada vez mais espaço no meio, com lutas de exibição e duelos envolvendo atletas e ex-atletas. Em entrevista ao Lance!, a comentarista Ana Hissa, do SporTV e Combate, explicou o crescimento da popularidade deste tipo de evento, e em como isso afeta o cenário das lutas no Brasil.
- Existe toda uma preparação, e eu acho que esses caras, essas celebridades que tem muitos seguidores estão investindo em produtos como esse, mostrando os bastidores, como é toda a preparação. Então acho muito bacana porque traz um novo público para o esporte. E sim, isso é uma tendência mundial - contou a jornalista.
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O Fight Music Show vem acontencendo desde 2020, sempre tendo o Popó como estrela principal, e já conta com quatro edições. O primeiro adversário do lutador foi o youtuber Whindersson Nunes, que já havia iniciado no boxe, e foi a porta de entrada do piauiense para as lutas entre celebridades.
- As lutas entre celebridades está em alta também. Então a gente tem várias vertentes acontecendo. Você vê o Whindersson Nunes, que participou de um torneio só de youtubers na Europa. A Jully Poca, uma brasileira, que participou desse mesmo torneio e também foi campeã de um outro só envolvendo celebridades. Então é algo rentável, porque eles furam um pouco a bolha de consumo - explicou Ana Hissa.
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Outro ponto que vem chamando a atenção é a relação entre os artistas e o esporte, que, muitas vezes, permanece mesmo após a luta. E, desta forma, a atenção dada a modalidade começou a crescer, trazendo um público novo.
- E o que eu acho mais legal é a gente ver que na minha preparação para esses combates, todos esses atletas e essas celebridades realmente se envolvem bastante com a modalidade. Então você acaba mostrando o treino, os valores, e como aquela modalidade está te mudando. Então, eu acho que esse é um lado positivo, que a gente acaba dando uma exposição para luta em si, chama a atenção. Talvez a pessoa esperasse que fosse só chegar lá em cima e bater um no outro, e não. Existe toda uma preparação, e eu acho que esses caras que tem muitos seguidores estão investindo em produtos como esse, mostrando os bastidores, como é toda a preparação. Então acho muito bacana porque você traz um novo público pro esporte.
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Em outras países, o modelo de lutas já existe a bastante tempo, principalmente entre ex-lutadores. Ao longo dos anos, os eventos iniciaram a ser mais voltados para o entrenimento, contando com celebridades, artistas e youtubers. E foi neste formato que a modalidade chegou ao Brasil, com a intenção de entreter e abrigar um grande evento.
- Eu acredito que realmente veio para ficar. Eu acho que ele fura bastante a bolha, então desperta a curiosidade quando você vê, por exemplo, um Mc Gui x Mc Nego do Borel. Tem as loucurinhas, as excentricidades, que acontecem, porque, afinal de contas, é um show de entretenimento também. Eu acho que o FMS aqui no Brasil tá achando a melhor forma de conseguir conciliar tudo isso num grande evento - declarou a comentarista.