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Conhecido como ‘Pelé do Golfe’, Luiz Carlos Pinto vai ao ‘The Noite’, fala sobre a carreira e relembra sequestro

Golfista participou de oito Copas do Mundo e começou no esporte ao acompanhar o pai que trabalhava na manutenção do campo de um clube de elite

Luiz Carlos Pinto (Pelé do Golfe)
imagem cameraLuiz Carlos detalhou carreira em programa do SBT (Foto: Divulgação / SBT)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 22/11/2021
18:31

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Luiz Carlos Pinto é conhecido como o “Pelé do golfe”. Ele tem mais de 55 anos de carreira como profissional do esporte. O craque liderou o ranking brasileiro de golfe por oito anos e foi o primeiro negro a liderar este ranking. O esportista foi convidado por Danilo Gentili e é a atração do 'The Noite', do SBT, nesta segunda-feira.

- Luiz Carlos, te chamam de Pelé do Golf. Você jogou oito Copas, o Pelé jogou três, então na verdade o Pelé que é o Luiz Carlos do Futebol - brincou Danilo Gentili, durante o programa.

A jornada do golfista começou quando o pai de Luiz trabalhava no clube de Golfe, fazendo a manutenção do campo. Quando criança, entrava escondido, batia umas bolas e se camuflava atrás das árvores. Seu olhar não desviava dos movimentos dos jogadores. Usava taco improvisado como pedaços de pau e cabos de vassoura para treinar o que observava.

- Curiosamente, comecei com 8 anos, eu não tinha nenhuma expectativa de ser um golfista, eu batia a bola imitando os jogadores, vendo de longe, porque naquele tempo era muito difícil, muito difícil você obter um taco, era tão caro, raro. E tudo era muito complicado, era muito elitizado - expõe Luiz.

Luiz Carlos Pinto (Pelé do Golfe)
Programa levou mini golfe para o palco (Foto: Divulgação / SBT)

Luiz Carlos falou sobre o perigo de se tomar uma bolada no golfe, que pode até ser fatal, segundo ele. Danilo Gentili questionou se já morreu alguém com uma bolada e ele conta uma história marcante.

- Morreu um rapaz lá em Curitiba. Um acidente, coitado do jogador, ele ficou tão triste da vida, que considerava aquele garoto como um filho. A bola deu um driving- que ele não era um grande batedor- ele bateu a bola, a bola cruzou por cima da cabeça dele [da vítima], bateu na árvore e retornou, e nessa bateu na nuca dele, ele caiu, levantou, depois caiu de novo e morreu - afirmou.

Aos 13 anos, o golfista começou a frequentar o clube e trabalhar como caddie, que são os carregadores de bolsa que acompanham os golfistas. Ali, começou a aprimorar técnicas e acompanhar o esporte mais de perto, fazendo que se apaixonasse ainda mais. Luiz adorava ler revistas do esporte.

- Eu gostava de ver essas revistas e olhava o movimento, já criava o movimento para mim e ficava imitando. Então eu fazia esse movimento com o sol, o sol na minha traseira, a sombra ia lá e eu imitava com a revista no chão e ficava o tempo todo assim - disse o golfista.

Em uma competição entre amadores e caddies do clube foi convidado para ser assistente de profissional, graças ao seu desempenho notável e, foi assim, que Luiz iniciou sua carreira. Começou a competir aos 17 anos. Venceu 20 torneios no Brasil e participou de oito Copas do Mundo de Golfe.

Luiz Carlos Pinto (Pelé do Golfe)
Luiz Carlos Pinto ensina Danilo a jogar golfe no The Noite (Foto: Divulgação / SBT)

Luiz falou sobre sua primeira viagem para a Copa do Mundo em que foi sequestrado.

- Tudo aconteceu na primeira viagem, aquilo marcou muito na minha vida, porque fizemos uma estadia muito bonita no Japão, a recepção foi demais e depois embarcamos para ir para Singapura, para Copa do Mundo, no meio do trajeto, encontra-se um avião à esquerda da nossa aeronave e outro da direita e não sabíamos o que estava passando. Foi em 1969, final da guerra do Vietnã, não havia como me comunicar com o Brasil. Falei: ‘Primeira viagem, eu vou morrer e não vou poder contar minha história’ - iniciou.

- Então, eu estava na pista, passaporte entre os pés e eles [sul vietnamitas] revistando as bagagens, supostamente se eles encontrassem um americano eles fuzilariam. Achamos que ia morrer, todo mundo, mas depois de um tempo colocaram as bagagens de volta, não encontraram nenhum americano, voltamos para o avião, embarcamos e fomos para Singapura - concluiu.

O campeão mundial conta também que já sofreu muito preconceito dentro do esporte. Foi sabotado algumas vezes, com tacos quebrados, mudança de vestiários e afins. Em abril deste ano, ele ganhou o título de sócio honorário do Itanhangá Golf Club, o clube que começou a carreira, daquele que o garoto de oito anos ia escondido.

- Virei membro honorário de um clube que eu nunca poderia imaginar na vida”, declara Luiz com emoção.

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