Desde o anúncio oficial da Conmebol de que a Copa América 2021 será disputada no Brasil, a competição entre seleções sul-americanas já sofreu uma queda representativa de apoio comercial. Nesta semana, duas patrocinadoras já declararam que estão em declinando em exibir suas marcas no evento: Mastercard e Ambev. Segundo o especialista Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports & Marketing, a postura é inédita.
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As saídas acontecem em meio aos desentendimentos sociais sobre a realização do evento. Parte dos torcedores reclama que a vinda de 11 delegações estrangeiras pode significar um risco aos brasileiros. Colômbia e Argentina declinaram de receber a Copa América, no último mês, por receios do aumento de casos na pandemia.
- Achei um posicionamento extremamente estratégico, nunca tinha visto uma situação como esta. A sacada da Mastercard faz com que outras sigam esse caminho. Não me surpreenderei se isso ocorrer - comentou o especialista ao portal Estadão.
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Enquanto caminha para alcançar a triste marca de 500 mil vidas perdidas pela pandemia de Covid-19, o Brasil planeja receber os jogos em algumas sedes, o que está sendo definido ainda pelo governo de Jair Bolsonaro. Na opinião de Wolff, as marcas querem evitar qualquer desgaste ao aproximar-se desse "vespeiro".
- O evento vem demonstrando uma insegurança há um certo tempo e o cenário não é favorável à imagem. Quando a gente pensa em evento esportivo, imagina algo alegre, que vai unir os povos, que terá interação. Mas as polêmicas provocam desgastes e o resultado disso é o posicionamento da Mastercard. Ela (a empresa) continua achando a Copa América um baita evento, mas preferiu não se associar neste momento - completou ele. Vale lembrar que SempTCL e Kwai são duas outras empresas que apoiam o evento.
A partida inicial será no próximo dia 13, com Brasil x Venezuela. O treinador da Seleção Tite, além de conviver com um escândalo do presidente da CBF, que foi afastado, Rogério Caboclo de acusação de assédio sexual e moral, já convocou os mais de 20 nomes que estarão na competição. Em manifesto, os jogadores confirmaram que não promoverão qualquer boicote à Copa, mas se mostraram insatisfeitos com toda a condução do agendamento.