O delegado da Polícia Federal Paulo Cassiano viralizou entre os torcedores do Fluminense, nesta semana, após passar por uma situação inusitada com sua máscara do Tricolor. No último dia 10, o representante federal estava para participar de uma entrevista sobre irregularidades em eleições, quando recebeu um pedido de um jornalista para que usasse um adereço mais neutro. Contudo, o delegado foi irredutível: a máscara do Fluzão ou nada de entrevista.
Uma postagem de Paulo falando sobre o ocorrido acabou sendo compartilhada por diversos internautas apaixonados pelo Tricolor, que o elogiaram pela vontade de expressar seu amor pelo clube carioca. Ao LANCE!, o delegado em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, revelou que recebeu diversas mensagens de amigos e torcedores adversários, além de ter confessado que “é consumidor fervoroso” dos produtos do time de Laranjeiras.
- A repercussão foi enorme! Recebi mensagens de muitos amigos e de torcedores de todo o país. Meu número de seguidores no Twitter multiplicou por nove em poucas horas. Fiquei bastante surpreso, pois considero a minha reação absolutamente natural.
Paulo contou que foi convidado para participar de uma entrevista para uma TV local e explicar irregularidades de eleitores e candidatos durante as votações que ocorrerão pelo país no domingo. Após se negar a usar uma máscara “sem estampa”, ele fez uma postagem que foi compartilhada com orgulho pelos companheiros tricolores.
A publicação acabou chegando nas mãos do artilheiro Fred, atacante ídolo do elenco de Odair Hellmann. No Instagram, o camisa 9 chegou a pedir que a torcida encontrasse o perfil do delegado, que não possui conta na rede social. Sobre o compartilhamento, Paulo Cassiano Júnior deixou um pedido pelo L! ao craque.
- Isso foi demais, pois tenho grande admiração. O Fred é um grande ídolo do clube, e o engajamento dele com a torcida só reforça essa condição. Quem sabe ele não dá um autógrafo na máscara, para a próxima entrevista (risos)?
Há 18 anos atuando como representante federal, Paulo é um tricolor daqueles de viaja para acompanhar as partidas do clube, membro do Conselho Deliberativo do Fluminense e figura constante nas partidas no Maracanã. No entanto, a pandemia afastou o torcedor do estádio. Então, a solução encontrada para manter a proximidade com o Time de Guerreiros foi colocar no adereço contra a Covid-19 no rosto.
- Estava dando uma entrevista sobre o trabalho da Polícia Federal para as
eleições. Um jornalista de TV me disse que precisava fazer a minha
imagem com uma máscara “sem estampa”, pois era norma da emissora.
Eu disse que só usava máscara do Fluminense e que não providenciaria
outra. Mesmo insatisfeito, ele aceitou, pois era a única maneira de a
entrevista acontecer - disse ele ao explicar a cena inesperada.
Uma internauta escreveu pelo Twitter que Paulo teve uma “postura digna de aplausos” e que deveria ser seguida. Outro lembrou que o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, costuma a aparecer publicamente com um adereço do Flamengo no rosto. Embora tenha se recusado de tirar a máscara do Fluminense, ele tentou entender o pedido do jornalista.
- Acho que as emissoras prefiram máscaras “neutras” para evitar que o
telespectador seja distraído em razão de estampas chamativas ou que
algum entrevistado use a máscara para fazer propaganda.
Com uniforme e máscara preparados para vibrar pelo Fluminense, Paulo poderá acompanhar mais uma partida do clube carioca pelo Brasileirão na noite deste sábado, quando Tricolor entra em campo contra o Palmeiras, no Allianz Parque.
*sob supervisão de Fabio Storino