O apresentador Rodrigo Rodrigues morreu na manhã desta terça-feira, vítima de trombose venosa cerebral, decorrente da Covid-19. O jornalista estava na UTI do hospital Unimed-Rio, na Barra da Tijuca, desde o último sábado, onde passou por uma cirurgia para diminuir a pressão intracraniana. Em entrevista ao programa 'Seleção SporTV', o médico e diretor do hospital, Gabriel Massot, explicou a razão da morte.
- O Rodrigo chegou ao hospital no sábado com quadro sugestivo de acidente vascular cerebral. Desde então foi acompanhado pela equipe de neurologia clínica e cirúrgica e, de uma forma leiga, houve um extravasamento do sangue de dentro dos vasos, o que gerou um aumento da pressão intracraniana. Foi abordado cirurgicamente para que houvesse um controle do sangramento e diminuição da pressão, mas infelizmente ele não resistiu - disse.
Rodrigo Rodrigues apresentava o 'Troca de Passes' e apresentou o programa pela última vez no dia 9 de julho, quando relatou que teve contato com um amigo que testou positivo. No dia 13, o apresentador fez o exame e também testou positivo para Covid-19.
Após o diagnóstico positivo, o apresentador cumpriu o isolamento em casa e foi acompanhado da equipe médica da Globo. Inicialmente, apresentou sintomas leves, como falta de paladar e olfato, mas disse que se sentia bem. Porém, a situação mudou no último sábado, quando deu entrada no hospital com vômitos, desorientação e dor de cabeça. O médico esclareceu que casos como o de Rodrigo Rodrigues têm sido observados com alguma frequência em pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.
- Os casos de problemas vasculares têm sido observados nos pacientes nessa fase tardia após o 15º dia com Covid-19. Os fatores ainda estão sendo investigados, escritos, mas temos visto quadros de problemas vasculares em pacientes com Covid. Por ser um paciente ainda na fase de convalescença da Covid-19, não é prudente que a gente faça a doação dos órgãos - explicou.