Ao L!, ex-VP do Vasco Sônia Andrade fala sobre PL que exige mulheres em cargos de direção no esporte

Projeto de Lei aprovado pela Comissão dos Direitos da Mulher na Câmara dos Deputados na sexta-feira obriga entidades esportivas a terem 30% de mulheres em cargos de direção

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Nesta sexta-feira, a Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3856/19, que exige das entidades esportivas beneficiadas com incentivos do governo pelo menos 30% de mulheres em cargos de direção. O Projeto, que ainda passará pelas comissões do Esporte e de Constituição e Justiça, seria uma medida aplicada na Lei de Incentivo ao Esporte. 

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Ao LANCE!, a ex-vice-presidente geral do Vasco, Sônia Andrade, que foi a primeira mulher a assumir o cargo na história do clube, explicou a importância do Projeto de Lei para a promoção de mulheres em cargos importantes no esporte. De acordo com Andrade, muitas mulheres não conseguem mostrar que são capazes para os cargos por machismo nos clubes. 

- O Deputado Aliel Machado [que apresentou o projeto à Câmara] abraçou a causa e aprovou o pleito. Esse é um legado de extrema importância para as profissionais do esporte. Representa dizer que mulher tem a capacidade de estar onde ela desejar! Muitas profissionais não conseguem exercer sua função em vários cargos do esporte por machismo - contou a ex-vice-presidente. 

Sônia Andrade também lamentou que a oportunidade para as mulheres nas diretorias esportivas seja fruto de um "sistema de cotas" mas ressaltou a importância de existir o lugar. 

- Infelizmente a mulher precisa de cotas para o exercício de suas funções. Somos capazes, somos competentes, somos profissionais! Lugar de mulher é onde ela quiser! Agora, através de cotas, infelizmente - pois poderia ser diferente e automático - a mulher vai poder mostrar sua competência! Agora o espaço existe! Através de cotas? Sim! Mas o lugar está lá - comemorou Sônia Andrade. 

O Projeto ainda não foi aprovado em todas as instâncias necessárias, passando apenas pela aprovação na Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados. O PL ainda passará pelas comissões do Esporte e de Constituição e Justiça, só quando for validado por ambas as comissões restantes ele seguirá para o Senado. Se também conseguir o "OK" no Senado, então o Projeto seguirá para o Presidente da República, para sancionar ou vetar a Lei. 

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