O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apontou que o senador e ex-jogador Romário pode ter sido beneficiado pelo prefeito Marcelo Crivella, através do empresário Rafael Alves, que é apontado como operador de um suposto esquema conhecido como 'QG da Propina'. A informação, que foi publicada pelo 'G1', não aponta culpabilidade do ex-atacante.
Ainda segundo a publicação, parte da mansão de Romário na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foi construída em área pública, ou seja, o imóvel teria avançado além da área constada na planta. O empresário Rafael Alves teria intercedido diretamente a Crivella para impedir a demolição defendida pela Secretaria Municipal de Urbanismo.
- Soube agora que amanhã vão demolir a casa do Romário. Se o senhor puder tentar segurar isso. Ele me ligou aqui e foi nosso companheiro. Isso destruiria a vida dele. Ele disse que quer ir lá e regularizar o que for necessário. E com isso acaba essas brigas bobas e indiferenças. Somos pessoas de bem - disse Alves, em mensagem enviada ao prefeito em março de 2018, pelo celular apreendido durante uma operação.
- Claro, amigo. Me dá o endereço - respondeu o prefeito.
O MP diz ainda que no mesmo dia o empresário mandou uma mensagem para o doleiro Sérgio Mizrahy afirmando que resolveu o problema com Crivella.
- Iam demolir a casa do Romário. Não deixei. Me pediram ajuda e resolvi com o prefeito - diz a mensagem.