Domitila Becker relembra ‘É Gol’ com Cartolouco e decisão de sair da Globo para viajar pelo mundo
Jornalista entrou no SporTV em 2011 e pediu demissão por duas vezes para realizar sonho
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Domitila Becker é hoje o rosto do SBT nas transmissões da Champions League, mas sua história profissional está fortemente ligada ao SporTV. Aos 36 anos, a paulista que fez jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina deu uma entrevista ao LANCE! sobre a grande final deste sábado entre Liverpool e Real Madrid, mas também relembrou seus tempos de parceria com Cartolouco e sua trajetória no canal do grupo Globo.
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Domitila chegou na Globo através do projeto 'Passaporte SporTV' em 2011 e morou oito meses em Barcelona. A jornalista destacou a importância desse momento em sua vida profissional.
- Morar em Barcelona foi incrível. A minha primeira entrevista da vida foi com Pep Guardiola. Nessa época, eu era tão novata que eu nem tinha ideia do que significava tudo isso que eu estava vivendo. Como correspondente internacional do SporTV, eu estava trabalhando com Pep Guardiola e Messi. Foi incrível - destacou.
Depois dessa experiência, Domitila foi morar no Rio e se tornou repórter. Em 2014, assumiu o comando do 'É Gol' ao lado de Cartolouco, que se tornou youtuber e participa de um reality show da RecordTV. A jornalista relembrou bastidores do programa e dos 'esporros' que levava ao lado do colega.
- A gente entrava às 06h da manhã para preparar o programa. Começava ao vivo às 12h e sempre era uma bronca, porque no dia anterior ele (Cartolouco) tinha aprontado alguma. Ninguém merece tomar bronca 07h da manhã. Mas ele é doido daquele jeito e tinham muitas coisas divertidas no programa - relembrou, aos risos.
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VOLTA AO MUNDO
Domitila explicou a decisão de pedir demissão da Globo por duas vezes para realizar o sonho de viajar pelo mundo, onde conheceu mais de 30 países. Ela acredita que essa decisão foi positiva para sua carreira, apesar de achar que nunca mais voltaria a trabalhar na TV.
- Foi um sonho que eu me preparei e juntei dinheiro durante 15 anos. Eu comecei a trabalhar muito cedo com esse propósito. Quando eu comecei a viajar o mundo, eu fui muito feliz. Eu acordava todo dia e não acreditava que eu estava vivendo esse sonho. Eu virei uma pessoa mais organizada, porque viajar com uma mochila pequena proporciona isso. Eu também me estresso menos com os problemas, porque às vezes os problemas demoram a resolver e não adianta se estressar. Eu acho que sou muito mais feliz e uso isso no trabalho. Por exemplo, na final da Conference League que a gente transmitiu pelo SBT, eu já tinha ido para Albânia, então eu sabia como era lá e eu tento colocar isso no meu trabalho. Eu falo inglês, francês e espanhol. Treinei muito na viagem e isso também me ajuda no trabalho
Domitila ainda acrescentou que o espaço que recebe na TV aberta faz com que uma nova viagem desse tamanho se torne mais difícil, mas que uma nova viagem não está descartada.
- É difícil. Eu pretendo, mas agora eu estou vivendo uma aventura incrível que está sendo trabalhar no SBT. É uma TV aberta. Quando eu trabalhava na Globo, eu ficava mais no SporTV. Champions League é o campeonato mais incrível de se trabalhar. Libertadores, Copa do Mundo e Olimpíadas são muito legais também, mas essa música da Champions tem uma grandeza. Toda vez que toca, eu arrepio. É incrível. Quando eu entrei no estúdio do SBT e tocou aquela música, eu fiquei muito emocionada. Meu coração disparou. Eu achei que dava para ouvir no microfone de tão forte que estava batendo. É essa emoção e adrenalina do ao vivo que me move - afirmou.
COPA E OLÍMPIADAS NO BRASIL
A jornalista ainda relembrou as experiências na Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016, ambos realizados no Brasil.
- As pessoas estavam muito felizes com esses eventos. Eu tinha essa consciência de que era um evento único e uma oportunidade única de estar trabalhando com esses eventos em casa. Além de acompanhar as competições como jornalista, a gente ganhava uma credencial. Então eu acompanhei muitos jogos, principalmente nas Olimpíadas, como torcedora. Eu apresentava o "Bom Dia SporTV" e depois eu estava livre. Como o programa ficava no Parque Olímpico, eu assisti várias competições - relembrou.
- Na Copa do Mundo, eu tive uma das melhores ideias da minha vida. Eles me chamaram para apresentar o "Madruga SporTV" e era uma coisa única. Nunca uma televisão tinha feito uma programação de 24 horas ao vivo. Só que se eu trabalhasse de madrugada e dormisse de manhã, eu iria perder a Copa do Mundo. Então eu tive a ideia de mostrar os bastidores do SporTV durante a maior cobertura da história do SporTV. Eu tinha minha câmera, então eu fiz um projeto desse programa e aí eu acompanhei todos os eventos. Foi o melhor mês não dormido da vida - completou.
*Estagiário, sob supervisão de Ricardo Guimarães.
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