A Rio Motosports, grupo interessado na aquisição da Fox Sports no Brasil, tem planos ambiciosos caso consiga a compra da emissora. De acordo com informações do portal "UOL", a holding sonha com os direitos de transmissão da Fórmula 1, atualmente pertencentes à "Rede Globo".
A empresa faz reuniões com o Cade (Conselho Administrativos de Defesa Econômica) desde março, segundo o portal. Desde então, a Rio Motosports obteve permissão para avançar na compra da Fox Sports ao comprovar capacidade técnica e financeira para dar seguimento ao canal, e promete manter a emissora competitiva no mercado.
Entre os investimentos previstos, o mais ousado é a negociação pelos direitos de transmissão da Fórmula 1, cujo contrato com a Globo termina ao fim da temporada 2020, que teve o início adiado devido à pandemia de coronavírus.
A Globo, porém, não deve abrir mão da F1 facilmente. Mesmo longe do ápice de outrora, a modalidade gera bons rendimentos. A emissora carioca vendeu cinco das seis cotas de patrocínio disponibilizadas neste ano por R$ 98,8 milhões cada, faturando R$ 494 milhões. No entanto, ainda não há negociações para a renovação do contrato vigente.
No plano do grupo interessado na Fox Sports está manter a MotoGP na programação, evento que chegou à emissora por intermédio à empresa. Por fim, segundo o "UOL", a companhia diz que pretende investir, no médio prazo, em competições nacionais do futebol brasileiro. Por ora, Fox Sports transmite a Copa do Nordeste e a Libertadores, além de ligas internacionais.
A intenção de compra da Fox Sports no Brasil pela Rio Motosports gerou um mix de sentimentos entre os funcionários do canal esportivo. Isto porque a holding tem problemas na justiça referentes à vitória da licitação para construir o Autódromo em Deodoro, no Rio de Janeiro, e tentar sediar o Grande Prêmio do Brasil.
O Ministério Público Federal investiga um possível favorecimento na concorrência à Rio Motosports. A empresa tem capital social de R$ 100 mil, segundo documento obtido na Junta Comercial do Rio de Janeiro. O montante equivale a apenas 0,14% dos R$ 69 milhões (item 26.10) de capital social mínimo exigido pelo edital. A licitação está suspensa enquanto aguarda estudo sobre o impacto ambiental.