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Especialista dispara contra debate de Fair Play Financeiro: ‘Flamenguistas olhando para o Botafogo’

Rodrigo Capelo analisa debate sobre o tema em programa do 'Sportv'

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imagem cameraRodrigo Capelo critica debate sobre Fair Play Financeiro (Foto: Reprodução)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 10/09/2024
16:38
Atualizado em 10/09/2024
19:28

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O especialista em finanças esportivas, Rodrigo Capelo, saiu em defesa do Botafogo na discussão sobre o Fair Play Financeiro. Segundo o comentarista, o debate está "maltratado por clubismo".

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Fair Play Financeiro é um assunto tão maltratado pelo clubismo. Vamos recapitular. Toda vez que se fala, sinto uma confusão. É um conjunto de regras para tornar o campeonato mais saudável, para que clubes não exagerem nas dívidas, paguem suas contas em dia, não tenham prejuízos exorbitantes por tempo demais. É com o objetivo de tornar o campeonato mais saudável, não de tornar mais equilibrado


analisou Rodrigo Capelo, no 'Redação Sportv'. E completou:

- Aqui no Brasil quando se fala de Fair Play Financeiro é quando alguém está incomodado com dinheiro do amiguinho, com contratação de algum rival, com alguém despontando na tabela, como flamenguistas olhando para o Botafogo - criticou.

Capelo ainda concordou com John Textor, dono da SAF do Botafogo, no sentido de que o Fair Play Financeiro mantém o sistema protegendo certos clubes. Para o especialista, o Alvinegro não está errado em investir com dinheiro do próprio bolso do empresário estadunidense.

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- Textor tem razão nesse ponto. O Botafogo hoje tem finanças em que gasta mais do que arrecada, teve Ebitda negativo por dois anos, a diferença entre despesa e receita, contratou um monte de jogadores com dinheiro vindo do bolso do John Textor. É uma situação obviamente menos volumosa de dinheiro porque John Textor não é Catar ou Emirados Árabes. O Botafogo, se não puder se endividar um pouco, contratar jogadores, investir com dinheiro do seu dono, está condenado a viver com o tamanho de sua receita, que é muito menor que a de outros. O Flamengo fatura R$ 1 bilhão, o Botafogo estava em R$ 200 milhões quando Textor chegou. É muito cruel condenar um clube e dizer que não pode se arriscar além da sua própria receita. O que se faz é Fair Play que não vai olhar e pensar em prejuízo, vai olhar se está pagando credores em dia, salários, parcelas de jogadores comprados. Tudo isso me parece que o Botafogo está pagando. Se estiver pagando tudo em dia, estar com dívida um pouco acima em ciclo de investimento não está errado. Um sistema de Fair Play Financeiro bem feito não iria proibir. O que não pode é viver isso loucamente, sem controle, sem consciência e quebrar o clube. Aí sim o Textor perderia a razão - finalizou.

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John Textor, dono da SAF do Botafogo (Foto: Mateus Bonomi/AGIF)

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