Everton Ribeiro, Renato Gaúcho, Abel Ferreira… Destaques do futebol brasileiro comentam escândalo de manipulação de apostas

Rodada de quarta-feira do Brasileirão aconteceu normalmente, apesar do abalo com as atualizações da Operação Penalidade Máxima

Escrito por

O mundo do futebol foi abalado neste início de semana pelas novas atualizações da Operação Penalidade Máxima II, que investiga a manipulação de apostas em partidas do Brasileirão de 2022 e dos Estaduais deste ano. Ainda assim, a rodada de quarta-feira do Campeonato Brasileiro aconteceu normalmente, com a realização de sete jogos. Após o término dos confrontos, alguns dos grandes destaques do esporte nacional comentaram o escândalo exposto pelo Ministério Público de Goiás.

+ Relembre atletas que foram punidos após envolvimento em apostas

O Flamengo se reencontrou com as vitórias no Brasileirão ao vencer o Goiás por 2 a 0 no Maracanã. A partida foi muito importante para Everton Ribeiro, que marcou o seu primeiro gol na temporada, e Bruno Henrique, que permaneceu o maior tempo em campo desde o retorno de lesão. Ao final do jogo, os dois destaques rubro-negros comentaram o escândalo de manipulação.

- É muito triste. A gente luta tanto para chegar nessa posição que estamos hoje, é o sonho de muitas crianças. Não julgo quem faz, mas sei que é errado e cada um sabe onde aperta o calo. Tem que ser punido, investigado e temos que ser rígidos. Nós precisamos cuidar do nosso futebol e ter responsabilidade com o que fazemos. Espero que a gente possa sair dessa situação com ensinamentos - opinou Everton em entrevista à "TV Globo".

- Não cabe à gente ficar debatendo, tem autoridades para isso. Não podemos trazer isso para dentro. Estamos super seguros no Flamengo, somos um time muito experiente - comentou Bruno.

+ Associação que representa indústria de apostas aponta os caminhos para combater a manipulação

Destaques do Palmeiras também falaram sobre a operação nesta quarta-feira. Depois da vitória do Verdão sobre o Grêmio por 4 a 1, Raphael Veiga e Abel Ferreira comentaram o caso. Autor de dois gols, o meia-atacante contou que o elenco palmeirense debateu a situação.

- Nós, jogadores, conversamos. É uma situação delicada. Nesse momento, quando acontecem essas coisas muito sérias, tem muitas pessoas para apontar o dedo, brigar, achar algo. Na minha opinião, eu, Raphael, pelos meus princípios e valores inegociáveis, eu não curto essas coisas. Mas cada um tem seu jeito de pensar, não sou eu que vou apontar o dedo, mas não estou de acordo - declarou.

Já o técnico português, lamentou a situação, mas afirmou que o futebol "é maior que a polêmica".

- O futebol é maior que toda polêmica, já tivemos tantas e ele vai sobreviver. O que posso dizer é que é lamentável, mas o futebol pra mim é isso que vimos aqui hoje. Acredito que as entidades farão o seu trabalho, eles têm um trabalho de excelência e vamos deixar tudo ser apurado. Lamento, o futebol sobrevive a muita coisa e vai seguir - analisou.

+ Entenda como Raphael Veiga tem sido fundamental desde que voltou de lesão ao Palmeiras

Outros treinadores do futebol brasileiro também foram questionados sobre a situação. Foi o caso de Odair Hellman, técnico do Santos, e Renato Gaúcho, do Grêmio.

O Santos é uma das equipes com um jogador investigado no elenco, o zagueiro Eduardo Bauermann. Em entrevista coletiva, Hellman lamentou o envolvimento do atleta, mas pediu para que o jogador seja responsabilizado se for comprovadamente culpado.

- O que tem de ser feito, julgado, o que tem de ser levado em frente, isso cabe à Justiça. Há passos jurídicos do clube. Isso é o clube que pode falar. Eu sou treinador de futebol. O que eu posso falar é que todos ficamos tristes. Eu conheço o Eduardo desde os 10 anos de idade. É um companheiro, um atleta que vocês também conhecem. Mas, como qualquer ser humano que cometeu um erro e que primeiro for julgado e comprovado, que pague sua pena e que tenha a responsabilização. Isso serve para nós todos - afirmou.

Já o Grêmio, teve um jogador do elenco citado em conversas investigadas pela operação, o meia-atacante Nathan. O atleta teria sido cooptado para tomar um cartão amarelo no ano passado, quando vestia a camisa do Fluminense. Renato Gaúcho se mostrou confiante na inocência do comandado, mas manifestou sua tristeza com a situação.

- Quanto ao Nathan, eu tive uma conversa com ele. Ele se sentiu bem tranquilo, pediu para vir para o jogo. Sobre esse assunto, o presidente do clube vai explicar melhor. Quanto às rodadas, já não é problema meu, é da polícia. Mas é muito triste para o futebol - disse ao "ge".

Eduardo Bauermann, zagueiro do Santos investigado (Foto: Raul Baretta/ Santos FC)

+ Cupom LANCEFUT com 10% OFF para os fanáticos por esporte em compras acima de R$299,90

A Operação Penalidade Máxima II descobriu a ação de um grupo criminoso que cooptava atletas para realizarem determinados eventos em troca de dinheiro. Em jogos do Brasileirão, apostadores pediam para jogadores tomarem cartões amarelos ou vermelhos no decorrer das partidas.

Siga o Lance! no Google News