O ex-jogador Ewerton já se solidarizou com Samuel Eto'o em um caso de racismo sofrido pelo camaronês, em 2006, na Espanha. O brasileiro era jogador do Real Zaragoza (ESP) e adversário de Eto'o, que jogava no Barcelona (ESP). A torcida do Zaragoza estava fazendo gestos de macaco para o atacante do time catalão, que não queria mais continuar em campo. Então, Ewerthon foi até Samuel e disse que sairia de campo também.
>> Veja a classificação do Campeonato Brasileiro
- A nossa torcida começou a fazer insulto de macaco para o Samuel e ele quis sair de campo, ficou bravo. Aí eu cheguei nele calmamente, abracei ele e falei: Eto'o, o ato racista não está sendo contra você hoje, ele está sendo contra mim, Álvaro e Toledo, que somos os três jogadores negros que vivem o dia a dia dessa cidade. Você daqui a pouco pega o avião, o ônibus para Barcelona e vai acabar esquecendo. Assim, o juiz vai querer te expulsar, mas não tem problema. Vai ter que sair um do Zaragoza, sou solidário com você e serei expulso também. Mas acho que todos nós temos que tomar um atitude - disse Ewerthon em participação no programa "Redação SporTV" desta manhã.
- Eu reuni o meu time, conversei com eles e falei que se o Eto'o saísse, eu sairia também. E, nisso, todos os meus companheiros queriam sair de campo. Aí o Eto'o se acalmou, me abraçou me olhou nos olhos e falou: irmão, muito obrigado, vou te levar no coração para o resto da vida - contou.
Ewerthon explicou a importância que os jogadores têm em causas como essa.
- Nós, jogadores, hoje sou ex-jogador, né, mas a gente tem uma força muito grande, a gente tem que passar uma mensagem boa. O racismo, infelizmente, existe em toda parte do Mundo e a gente que tem o poder de estar com milhares de pessoas assistindo tem que passar um bom exemplo - afirmou.
O ex-jogador ainda elogiou a atitude dos jogadores de PSG (FRA) e Istanbul Basaksehir (TUR) por saírem do campo após o quarto árbitro cometer um ato racista contra Pierre Webó, ex-jogador e membro da comissão do time turco.