Ex-chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone é condenado a prisão e pagamento de multa bilionária
Aos 92 anos, o ex-dirigente não vai cumprir prisão em regime fechado por idade avançada
Ex-chefão da Fórmula 1 entre 1978 e 2017, Bernie Ecclestone, de 92 anos, foi condenado a 17 meses de prisão e ao pagamento de 652,6 milhões de libras (cerca de R$ 4 bilhões) em compensação a 18 anos de impostos no Reino Unido. O bilionário se declarou culpado, mas não precisará cumprir prisão em regime fechado por conta da idade avançada.
O ex-dirigente é acusado de não declarar impostos para o órgão estatal da Receita e Alfândega de Sua Majestade. Os valores chegariam a 400 milhões de libras ou R$ 2,4 bilhões mantidos em contas em Singapura. Bernie havia se declarado inocente em agosto de 2022.
A advogada do ricaço, Christine Montgomery, declarou no processo que Bernie não deixou de pagar impostos de caso pensado e que o processo está causando sofrimento.
- A intenção do Sr. Ecclestone não era evitar o pagamento de impostos. Ele sempre esteve disposto a pagar os impostos devidos. Sua resposta foi um lapso impulsivo de julgamento, ele agora está com saúde frágil e o processo está causando "imenso estresse para ele e para aqueles que o amam".
O promotor do caso, Richard Wright, afirmou que Bernie negou a existência de contas fora do país durante depoimento em 2015, contradizendo os fatos comprovados neste ano.
- O Sr. Ecclestone sabia que sua resposta poderia ter sido falsa ou enganosa. O Sr. Ecclestone não estava totalmente esclarecido sobre como a titularidade das contas em questão estava estruturada. Portanto, ele não sabia se era responsável por impostos, juros ou multas em relação aos valores que transitavam pelas contas. O Sr. Ecclestone reconhece que agiu errado ao responder às perguntas feitas, pois corria o risco de que o Ministério da Fazenda não prosseguisse com a investigação de seus negócios. Ele agora aceita que algum imposto é exigível em relação a essas questões - afirmou.