Ex-dirigente do Botafogo é preso em Niterói por esquema de pirâmide financeira

Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou ainda mais 11 prisões no caso 

Escrito por

Ricardo Wagner de Almeida, ex-dirigente do Botafogo, foi preso nesta quarta-feira após operação da Polícia Cívil do Rio de Janeiro. Conforme apontou a investigação, o homem lesou dezenas de pessoas e impôs um prejuízo de milhões de reais devido a um esquema de pirâmide financeira.

O detido já presidiu o Conselho Fiscal do Alvinegro carioca e foi preso em Piratininga, região de Niterói. Ricardo era dono da empresa "Futura Invest", que oferecia investimentos de criptomoedas e na bolsa de valores para contratantes. A polícia explicou como era realizado o golpe.

+ Após curta passagem pelo Botafogo, Niko Hämäläinen é anunciado como novo reforço do RWD Molenbeek

- Nos primeiros meses, as vítimas recebiam os percentuais prometidos, mas no médio prazo as parcelas não mais eram pagas, caracterizando o golpe da pirâmide financeira - contou a Delegacia de Defraudações.

Além do ex-dirigente do Botafogo, a Polícia Cívil do Rio de Janeiro também realizou outras 11 prisões no caso. De acordo com as investigações, os outros detentos são de maioria servidores públicos e militares.

+ De olho na liderança, Botafogo segue planejamento para rodar elenco no Carioca e busca superar rivais

O golpe já ocorria a cerca de dois anos. Em 2021, uma reportagem do programa RJ TV, da Rede Globo, apontava vítimas da Futura Invest.  Na época, investidores afirmaram que a empresa havia fechado o escritório, em um andar inteiro de um prédio no Centro do Rio, e parado de responder.

Durante a atividade, um cliente da Fatura Inves foi enganado e teve um prejuízo milionário nas mãos da empresa. Em entrevista ao site "G1", a vítima afirmou que investiu o valor inicial de 100 mil reais no projeto e que recebeu a quantia correta durante apenas oito meses.

- Meu investimento inicial foi de R$ 100 mil, era uma rentabilidade de R$ 4 mil por mês. Eu recebi 8 meses. Parou em outubro de 2020. Eu acreditei na empresa, porque eles fizeram um contrato com autenticação no cartório e tudo mais. Eu acreditei na palavra deles - contou. 

Siga o Lance! no Google News