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Gabriel Bergone
Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porIsabelle Favieri
Supervisionado porLucas Bayer
Dia 27/03/2025
11:36
Atualizado há 6 minutos
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O programa "A Coletiva" estreia nesta quinta-feira (27) a sua segunda temporada, e o Lance! recebeu um convidado muito especial: o baixinho Romário. Em entrevista exclusiva, o tetracampeão mundial relembrou as vezes em que foi capa da revista, comentou de polêmicas históricas, entrevista com Raphinha, questionou profissionais da imprensa e muito mais. Confira a entrevista completa no player acima!

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No bate-papo, Romário recebeu duas revistas do Lance!: a primeira edição de 1994 e outra de 2007, quando o Baixinho figurou as capas do jornal. O ex-jogador relembrou de ambas, quando foi campeão da Copa do Mundo e o dia 20 de maio de 2007, oito anos atrás, quando marcou o milésimo gol de uma carreira de sucesso.

- A minha relação com o Lance! sempre foi muito boa. O Lance! sempre foi um jornal que deu grandes matérias, importantes, e essa (1994) é uma.

- Os mil gols foi uma marca muito importante, entrei pela porta da frente e sai pela porta da frente do Vasco.

Veja outras declarações de Romário em entrevista ao Lance!

Romário sobre se tornar entrevistador

- Eu até achei que fosse ficar nervoso com o Neymar. Mas, acho que depois de tanto tempo sentado aí onde você tá (entrevistador) e onde eu tô agora, eu entendi que há uma diferença de você perguntar para responder. Mas se você fizer aquilo que você entende que tá fazendo corretamente, tá de boa, fazendo da forma que você sabe fazer, flui naturalmente.

Romário sobre futuro de Neymar

- Eu ouvi dizer que existia uma possibilidade dele (Neymar) jogar no Estados Unidos, se eu fosse ele, faria isso. O futebol brasileiro é muito difícil principalmente para quem está voltando como ele. Pode parecer para muitos que a volta dele para o futebol brasileiro seria bom para ele. Tecnicamente, eu acho que não. Porque ele pode se condicionar melhor, voltar a ser o Neymar que a gente conhece, tecnicamente e fisicamente falando, e aí sim voltar ao Brasil. Eu, se fosse ele, se tivesse a oportunidade de sair, sairia.

Comparação entre retorno de Romário e Neymar ao Brasil

- Não sou eu que tenho que explicar, é só você levantar um pouco a história. Quando eu voltei para cá, em 1995, eu era o melhor do mundo, melhor da Copa, havia sido artilheiro diversas vezes e tinha ganhado com Barcelona, PSV… Voltas interessantes e grandes que tiveram como Ronaldinho Gáucho e Neymar, não se comparam.

Relação com Eurico Miranda no Vasco

A relação entre Romário e Eurico Miranda no Vasco começou conturbada, mas evoluiu para uma amizade. Na conversa, o artilheiro comentou como ambos criaram um vínculo de confiança no clube cruz-maltino.

- Quando eu voltei (para o Vasco), era praticamente isso… (não precisar assinar contrato) Minha parada com Eurico era de palavra, aperto de mão e olhar na cara. Sempre (confiei muito nele). Ele fazia bem para c***** para o Vasco.

Romário sobre candidatura de Ronaldo à CBF

- Eu tive com o Ronaldo aqui em casa, ele tinha me colocado a ideia dele ser candidato à presidência. A gente conversou mais ou menos e passei minha opinião para ele, que era muito difícil. Nesse momento, uma pessoa fora desse "grupo" que existe dentro do futebol, em relação a presidentes de clubes, de federação, ser eleito, seria muito difícil. E o Ronaldo, como um cara inteligente, retirou a candidatura porque seria muito difícil para ele.

Romário sobre Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF

- Eu gosto do Ednaldo, sou amigo dele. O Ednaldo conseguiu tirar todos os ratos e ladrões que tinham lá na CBF, tinham muitos. Faziam muito mal à entidade. Sempre fui contra a entidade CBF, automaticamente contra muitos que trabalharam lá nas administrações passadas. Falta muito? Tem que mudar algumas coisas? Tem. Mas o Ednaldo tem dado o melhor que ele pode, isso é legal.

Romário se pronuncia sobre ‘caso Raphinha’ antes de Argentina x Brasil

Raphinha foi o convidado da semana do "De Cara com o Cara", programa de entrevistas de Romário no seu canal no YouTube, a "Romário TV". Na conversa, o meia-atacante do Barcelona repetiu a frase dita pelo ídolo brasileiro: "Porrada neles, sem dúvidas", declaração que esquentou o clima antes do duelo entre Argentina e Brasil pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 e foi bastante criticada por parte da imprensa.

Em trecho de entrevista ao Lance!, Romário rebateu as críticas. Para o ex-jogador, que direcionou palavras fortes à parte da imprensa, Raphinha não errou. Segundo o Baixinho, ele sentiu firmeza na resposta do atacante, mas esclareceu a utilização do termo "porrada".

- Senti (firmeza). O problema é que tem alguns jornalistas são babacas, escrotos. Ficam reprovando o que o cara falou. Tem uns aí que ficam reprovando até o que eu perguntei, tomar no c* deles. Pergunto o que eu quero e o Raphinha tem todo o direito de responder o que quer. Vi no Raphinha um jogador de muita personalidade, parabéns para ele. Espero que ele possa fazer gol, gol que ajude o Brasil a ganhar dos argentinos. Ganhar da Argentina é tudo de bom - iniciou Romário.

- O dar porrada não é porrada em si (de briga). Dar porrada é ganhar, fazer gol, ir para cima dos caras. Eu nunca fui o tipo de cara de dar porrada. Já tomei e já dei. Mas contra a Argentina tem que tá preparado, inclusive para dar porrada ganhando e dar porrada mesmo porque os caras são fod*s. Tem que se colocar e se posicionar, se não os caras atropelam - completou em outro trecho.

Admiração por Reinaldo

- Eu nunca tive um ídolo. Mas um cara que eu sempre gostei muito e acompanhei era o Reinaldo, do Atlético-MG. Ele era um cara muito parecido comigo, se posicionava muito bem, finalizava bem, bem destemido e uma personalidade bem forte. Já tive com ele algumas vezes e ele sabe disso.

Seleção precisa de jogadores com personalidade

No bate-papo com o Lance!, Romário chamou a atenção para a ausência de personalidade de jogadores que se destacam em seus clubes, mas não conseguem reproduzir isso com a Amarelinha.

- Essa coisa da personalidade de antigamente, pouquíssimos jogadores, atualmente, têm. Dá para contar nos dedos. Tem uma diferença entre jogar no time e jogar na Seleção Brasileira. Há uma responsabilidade muito grande com a camisa da Seleção. Infelizmente alguns jogadores, que são convocados pelo o que fazem em seus times, não conseguem fazer quando são convocados - iniciou.

- No caso da Argentina, já tive a oportunidade de jogar esse tipo de jogo, tem um saborzinho especial, independente de ser amistoso ou não. Tenho certeza que o Brasil vai fazer um grande jogo. É isso que a gente espera (…) Teria que ser (uma virada de chave), seria do caralh*. - complementou.

Romário concedeu entrevista exclusiva ao Lance! (Foto: Lance!)
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