A série "Senna", que conta cada fase da vida de Ayrton Senna, estreou na última sexta-feira (29), e o pouco tempo de cena de Adriane Galisteu foi um dos assuntos mais frequentes entre os fãs do ex-piloto de Fórmula 1. No entanto, a sobrinha do ídolo brasileiro, Bianca Senna, falou em entrevista ao "Splash" que foi decisão da família que a apresentadora não recebesse destaque na produção.
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- O foco da história não é o lado romântico do Ayrton, porque não é isso que fez a história dele ser relevante, do tamanho que ele é para o Brasil e o mundo. Ele teve namoradas, e estava, sim, namorando a Adriane naquela época. Então a gente tratou isso com naturalidade dentro do enredo em que estávamos pensando - comentou a sobrinha.
Ainda na entrevista ao portal, Bianca Senna lamentou que a ausência de mais momentos do relacionamento de Senna com Adriane Galisteu na série esteja sendo cobrada:
- É uma pena que as pessoas fiquem com essa preocupação tão grande com relação a isso, porque não foi por isso que o Ayrton virou quem ele é - destacou.
Maior investimento da Netflix Brasil, a série começou a ser pensada há cerca de 12 anos, o que antes seria um filme. A demora foi acentuada, inclusive, devido às exigências da família para que a história do audiovisual refletisse o "verdadeiro Senna".
- Foi um processo longo por várias razões. Uma das principais é que a família queria ter certeza do que iria sair, que faria jus à personalidade do Ayrton. Era menos sobre quem vai aparecer, qual vai ser o arco da história, e mais sobre passar o Ayrton como ele era - completou Bianca.
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Mais perguntas da entrevista sobre Senna
Acordo com a Netflix
"Neste meio de entretenimento, normalmente eles, uma Warner ou uma Lionsgate, compram os direitos sobre a imagem da pessoa e da história dela. E aí fazem o que querem. Contam do jeito que querem. Para a gente isso não funcionaria. A gente queria participar e ter certeza de que fariam do Ayrton o Ayrton
Quando surgiu a Netflix a gente gostou muito do estilo deles, de querer contar da melhor maneira possível"
Critérios usados no roteiro
"[Queria evitar] atitudes que vão muito contra a personalidade dele. Nesses anos tinha uns roteiros que saíram muito fora do que o Ayrton faria. Foi muito essa modulação da intensidade das emoções. Teve essa desmistificação, porque acho que o problema é o preconceito que você tem sobre a pessoa"
Preconceito com Senna
"Um exemplo é de que ele era "o cérebro". Mas também era brincalhão. A visão que muitas pessoas acabam tendo sobre o Ayrton é de que ele era muito sério, fechado, que ele era "mental". Isso era o oposto dele. Ele era muito mais emocional, simpático, muito mais coração.
Ele estava num ambiente de muita pressão. Então obviamente não ia ficar sorrindo do jeito que fazia em casa. Então, desmistificar essa personalidade foi um ponto importante das discussões"
Controle sobre a série "Senna"
"A gente não queria entregar, e teve que achar alguém com quem teria um diálogo mais próximo, para chegar a esse ponto em que o risco não era imponderável.
Um projeto audiovisual tem várias interpretações. A primeira é o roteiro, depois a versão do diretor, a interpretação do ator, a edição. A gente teve que olhar cada uma dessas fases e entender o limite em que os dois ficam felizes em relação a correr risco"