Solo sagrado do desfile das escolas de samba, a Marquês de Sapucaí também já teve grandes clubes do Rio como destaque. Unidos da Tijuca, Estácio de Sá e Acadêmicos da Rocinha já homenagearam Vasco, Flamengo e Fluminense, respectivamente. O Lance! relembra como foram os desfiles das agremiações.
UNIDOS DA TIJUCA - VASCO DA GAMA
No ano do centenário do Vasco, a Unidos da Tijuca resolveu homenagear o Cruzmaltino no desfile de 1998 no Grupo Especial. O enredo foi batizado de "De Gama a Vasco, A epopeia da Tijuca", assinado pelo carnavalesco Oswaldo Jardim. Para a Marquês de Sapucaí, a escola levou um grande samba que até hoje é cantado por vascaínos em São Januário.
O desfile contou com grandes personagens da história do Vasco, como os ex-jogadores Roberto Dinamite e Edmundo, e o ex-presidente Eurico Miranda. Contudo, apesar da emoção dos vascaínos e das boas notas de bateria, a Unidos da Tijuca foi despontuada em vários quesitos e acabou rebaixada para o Grupo de Acesso, atual Série Ouro.
ESTÁCIO DE SÁ - FLAMENGO
Ano do centenário do Flamengo, 1995 ficou marcado pelo desfile da Estácio de Sá, que homenageou o clube na elite do Carnaval carioca. A agremiação teve como enredo: "Uma vez Flamengo", assinado pelo carnavalesco Mário Borrielo. O samba, cantado por Dominguinhos do Estácio, é cantado até hoje nas arquibancadas do Maracanã.
Alguns jogadores do Flamengo na época, como Sávio e Válber, participaram do desfile. O último carro alegórico contou com nomes históricos do Rubro-Negro campeão Mundial de 1981, como Zico e Júnior. A Estácio terminou na 7ª colocação do Carnaval daquele ano. Em 2022, a escola reeditou o enredo em desfile pela Série Ouro e terminou na 8ª posição.
ACADÊMICOS DA ROCINHA - FLUMINENSE
Em 2003, a Rocinha homenageou o Fluminense um ano após o centenário do clube. Desfilando no Grupo A, atual Série Ouro, a escola trouxe o enredo: "Nas asas da realização, entre glórias e tradições, a Rocinha faz a festa dos 100 anos de campeão… Sou tricolor de coração!", assinado pelo carnavalesco Luciano Costa.
O desfile contou a história do Tricolor passando por grandes nomes, como o fundador Oscar Cox e o jornalista Nelson Rodrigues. O samba, que teve autoria de cinco compositores, cita a Taça Olímpica cedida pelo COI em 1949, e o pó de arroz, festa feita até hoje pela torcida. A agremiação terminou na 10ª colocação.