No domingo de Páscoa, a TV Globo exibe a reprise da final da Copa do Mundo de 2002, entre Brasil e Alemanha, às 16h (de Brasília). Com a paralisação dos campeonatos por conta da pandemia do novo coronavírus, os fãs de futebol poderão matar a saudade relembrando a conquista do pentacampeonato mundial da nossa Seleção Brasileira.
A reprise do jogo tão especial para os brasileiros terá narração original de Galvão Bueno. Antes, Cleber Machado e Casagrande se encontram para comandar um pré-jogo especial, de 15 minutos, com a participação de ilustres convidados. Dos campeões do mundo, o técnico Luiz Felipe Scolari, ou simplesmente Felipão; o capitão Cafu, o volante Vampeta e o meia Kaká.
- Todo profissional de comunicação que trabalha com futebol sonha em ir a uma Copa. Eu já fui a 12. E delas, o Brasil ganhou duas. Entrou para a história com a minha narração, com a minha voz. São meus grandes momentos profissionais em 46 anos de carreira. O maior prêmio que eu poderia ter recebido. É um presente divino - relembrou Galvão.
Além de Felipão, Cafu, Vampeta e Kaká, outro jogador que participará em vídeo será o atacante Richarlison, do Everton (ING). Em 2002, o jogador da Seleção Brasileira de Tite tinha apenas 5 anos e tinha adotado o corte do 'Cascão', do Ronaldo Fenômeno, que fez sucesso no Mundial. Ele vai homenagear o craque, artilheiro da competição com oito gols e destaque do pentacampeonato.
Um dos maiores narradores da história do esporte brasileiro, Galvão Bueno ficou marcado, principalmente, pelas narrações do tetra e do penta mundial. Agora, 18 anos após a conquista, o narrador terá a oportunidade de rever a sua narração, avaliar o seu desempenho e reviver a conquista.
- Eu já revi algumas narrações completas minhas, mas essa é especial. Vou contar um segredo. Toda vez que escuto uma narração completa minha eu sempre acho algum tipo de defeito. Mas vou curtir muito ver novamente essa narração do pentacampeonato, um jogo tão especial na minha carreira - contou Galvão, que relembrou dois momentos inesquecíveis.
- Vamos tirar o jogo dessa história. Eu guardo dois momentos. Um é a chegada no estádio. Quando se chega para uma final do Brasil em Copa do Mundo, e eu fui a três seguidas, a perna treme um pouco, dá um arrepio, você começa a pensar em tudo que fez ao longo da carreira. É uma responsabilidade muito grande transmitir para dezenas de milhões de pessoas. O segundo, após conquista do título. E este teve um detalhe especial. A Globo tinha um estúdio perto do estádio, onde eu e Fátima Bernardes apresentamos um programa logo depois do jogo. Todos os jogadores foram lá com os instrumentos, tocaram um samba conosco. Foi um momento absolutamente inesquecível - finalizou.