O Grupo Globo, dono dos direitos de transmissões dos Jogos Olímpicos no Brasil, parece ter praticamente excluído de sua grade as competições nacionais das modalidades. Segundo o portal UOL, a determinação dentro da emissora é que não há um retorno satisfatório com as modalidades como ginástica, atletismo ou natação nacional.
- A gente parou e viu: passar o Maria Lenk sem ninguém nadando, passar o Troféu Brasil de Atletismo lá em Bragança Paulista, ... a gente tá dando tiro no pé. Não é esse esporte olímpico que a gente quer mostrar, a gente quer mostrar o esporte olímpico com uma série de 15 minutos no Esporte Espetacular, uma matéria legal no Jornal Nacional, o esporte olímpico de qualidade - disse Rafael Ganem, analista de marketing esportivo do Grupo Globo, em entrevista ao portal.
A mudança dos olhares dentro do canal passam por uma transformação radical da política esportiva. Enquanto nos últimos anos que antecederam a Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, houve um acréscimo no número de transmissões esportivas, a ideia agora seria limpar o número de eventos. Segundo o UOL, de acordo com Ganem, a emissora descartou acordos com mais de 10 confederações olímpicas - restando vôlei, canoagem e natação.
- A gente foi vendo que não causou bom efeito em alguns casos, não fez bem para o esporte. Então o que a gente vem fazendo? Enxugando. A CBDA (desportos aquáticos) é uma que a gente está analisando a continuidade. O handebol é outra que a gente encerrou o contrato - completou o dirigente do grupo. Há ainda uma noção de que a crise político-financeiro afetou o esporte brasileiro depois da Rio-2016.