Em um desabafo postado nas redes sociais, a influencer digital Bryanna Nasck explicou o motivo de ter recusado um trabalho publicitário na Copa do Mundo do Qatar. De acordo com ela, o medo de sofrer transfobia e acabar "morta pelo Estado" a impediu de aceitar o convite — e até mesmo de ouvir qual seria o cachê pago.
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- Tive uma proposta para ir ao Qatar assistir a Copa, mas tive que educadamente recusar pois o país em questão tem leis que, pelo simples fato de ser trans, eu posso ser morta pelo Estado - desabafou.
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A streamer, de 28 anos, participa de lives de Free Fire desde 2017 e tem cerca de 50 mil seguidores no Instagram. Bryanna se identifica como uma pessoa trans não-binária — que não necessariamente se vê apenas como homem ou mulher — e escolheu o pronome "ela/dela".
O Qatar criminializa a homossexualidade e é um país marcado por violações aos direitos humanos, praticante do "sportswashing" — termo que define a prática de hospedar grandes eventos esportivos para transmitir uma imagem positiva, quando na verdade diversas práticas abusivas costumam recair sobre as minorias.
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A Fifa tem tentado mudar a imagem do torneio recentemente, inclusive anunciando que bandeiras com as cores do movimento LGBTQIAP+ serão permitidas nos estádios da Copa do Mundo. Ainda assim, a competição segue marcada por protestos que remetem a atos de preconceito comuns na sociedade do Qatar, principalmente a intolerância contra homossexuais — que recebem a pena de morte pela lei do país.