Inspirada pela Fadinha, menina de quatro anos chama atenção nas pistas de skate do Rio de Janeiro

Skatista mirim é incentivada pelo pai, professor de educação física, a praticar esportes com o objetivo de 'se divertir, brincar e fazer novos amigos'

Escrito por

A Fadinha do skate, Rayssa leal, a atleta brasileira mais jovem a conquistar medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio, já inspirou a nova geração do esporte. Exemplo disso é Elisa de Freitas Messias, que com apenas quatro anos já chama a atenção no Parque Madureira, Zona Norte do Rio. Mesmo tendo praticamente o tamanho do seu skate, a menina já consegue descer rampas que exigem coragem e que já possui um grau considerável de dificuldade.

+ Veja a tabela do futebol olímpico do Brasil!

Ela é supervisionada de perto pelo pai, skatista amador, que literalmente cria a menina em cima do skate desde bebê (veja no vídeo abaixo) e afirma que seu objetivo é incentivar a pratica de esportes desde cedo na vida da filha. 

- Vamos ao Parque apenas para nos divertir, brincar e fazer novos amigos. É importantíssimo ela praticar esporte, pois eu acho que a prática da atividade física, seja ela qual for, deveria ser realizada nos quatro cantos do nosso país por qualquer pessoa independente da classe social, idade, cor ou gênero - disse Gilson Freitas, pai de Elisa, que é professor de educação física.

Ela começou no patinete, que foi presente da tia-avó, com um pouco mais de um ano de vida. A partir dali não parou mais e com o tempo passou a frequentar a pista Downhill. Tudo é compartilhado em uma rede social que mostra a evolução da menina no esporte. Os pais afirmam que não cobram demais e que para ela é apenas diversão.

Elisa estava animada para acompanhar a competição de Rayssa, mas dormiu no colo do pai antes do resultado. Mesmo com uma habilidade fora da curva para uma criança de quatro anos, a menina só pensa em se divertir:

- Quero ser escritora e skatista. Também gosto de cantar, ler e escrever - contou Elisa.

Enquanto a filha parece não se preocupar, a mãe fica muito atenta e acaba aflita, com medo de que Elisa se machuque.

- Meu coração fica acelerado, palpitando forte a cada descida de skate, e de patinete também; Mas ao mesmo tempo sinto uma vibração tão forte quando eu vejo a alegria dela e o seu belo sorriso estampado no rosto. Fico feliz quando ela consegue fazer o percurso e as manobras corretas do jeitinho dela.(...) Mas ainda bem que inventaram, que beijinho de mãe e pai, cura tudo! Dou um monte de beijinhos, jogo água pra lavar o machucado e dou água para ela beber. Aí ela vai se acalmando, para de chorar e eu volto a incentivá-la a andar de skate novamente. A mãe repete a frase que o pai ensinou: “Caiu levanta e anda de novo - revelou Leidiane Messias.

Quando Rayssa Leal subiu ao pódio, trouxe visibilidade para o esporte, mas o Brasil ainda precisa avançar no apoio e investimento para os skatistas, como desabafou o pai de Elisa, que pretende incentivar a filha a ser uma atleta, caso essa seja a vontade da menina.

- Nós, como pais da Elisa, vamos fazer de tudo para que no futuro ela possa ser uma grande atleta e faremos grandes sacrifícios, porém, quantos tem um talento em casa e não tem a oportunidade de ver os seus filhos praticando um esporte pela falta de investimento e de incentivo?! (...) Apesar das dificuldades e falta de infraestrutura, acreditamos e incentivamos o sonho dela, pois a Elisa afirma que quando crescer vai ser uma boa skatista. Com certeza é o nosso sonho também, pois temos fé de ver a nossa pequena "Minnie" um dia nos jogos olímpicos trazendo medalha! - finalizou, alegre, Gilson Freitas.

Veja abaixo o quadro de medalhas e o calendário dos Jogos Olímpicos de Tóquio:

Siga o Lance! no Google News