A empresa Fmage Assessoria Esportiva S/A, que pertence a Francis Melo, ex-empresário de Fred, entrou em um processo em conjunto com o irmão do ex-atacante em que cobram R$ 2,5 milhões por atrasos em pagamentos de comissões que haviam sido parceladas em 20 vezes. A informação é do jornal "O Globo".
O acordo de parcelamento em 20 vezes, firmado em junho de 2020, teve as cinco primeiras parcelas pagas pelo Fluminense — a maioria com atraso — e, em 12 de agosto de 2021, a empresa notificou formalmente a equipe pelos débitos ainda não quitados. Hoje em dia, Fred é dirigente do clube.
O pagamento envolvia a quantia de R$ 2,3 milhões, e o Fluminense arcou com R$ 563.676,51 deste montante. No entanto, o valor total da causa, após reajuste, multa e juros, chegou a R$ 2.478.335,18.
O Tricolor não pagou a restante da quantia, mesmo recebendo um prazo da empresa — em 26 de janeiro — para que quitasse os débitos em três dias, e a Fmage decidiu entrar com o recurso.
O Fluminense, por outro lado, disse entender a ação como algo natural. Segundo nota oficial do clube enviada ao portal GE, o processo faz parte das negociações entre os representes de ambos os lados e serve como uma formalização da dívida junto ao Regime Centralizado de Execuções (RCE).
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- O Fluminense esclarece que o ajuizamento da ação de cobrança contra o clube pela empresa Fmage Assessoria Esportiva S/A constitui medida absolutamente natural e regular, sendo resultado das negociações prévias mantidas com os representantes da empresa após o pagamento de cerca de um quarto da dívida.
O mecanismo permite que os clubes organizem seus credores e arquem com suas dívidas por meio de pagamentos mensais. Assim, o pedido é necessário para que a dívida passe a ser incluída no programa junto aos outros credores do Fluminense, que está em dia com o RCE.
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- O ajuizamento da medida visa, a um só tempo, proteger o credor do prazo prescricional, bem como viabilizar a submissão do crédito ao Regime Centralizado de Execuções (RCE) deferido e supervisionado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, instrumento por meio do qual o clube vem cumprindo seu plano de reestruturação de dívidas.
O valor mensal desembolsado pela equipe carioca no RCE, atualmente, chega a R$ 1,5 milhão — destes, R$ 1,2 milhão são destinados às dívidas trabalhistas, enquanto os outros R$ 300 mil são encaminhados às cíveis.