O jogador do Hapoel Tel Aviv, José Rodríguez relatou como foram as situações difíceis que ele passou para escapar da guerra entre Israel e o grupo militar da Palestina, o Hamas. A entrevista foi feita pelo jornal espanhol, "Marca".
-A questão é que não morreram pessoas em Israel, pessoas foram assassinadas. Não é a mesma coisa. Entendo que em algumas guerras morrem pessoas inocentes, mas pegar crianças e decapitá-las é algo que não tem nome - afirmou José.
O jogador ainda contou que sua esposa chora diariamente por saber o que permanece acontecendo em Israel. Além disso, José comentou que tem amigos no país que ainda não conseguiram fugir.
- Por um lado me sinto bem por poder sair, mas por outro fico pensando o tempo todo no que está acontecendo lá. Tenho muitos amigos na área. Tenho toda uma vida lá. Estou seguro, mas conectado o tempo todo com Israel - contou o espanhol.
Segundo José Rodríguez, os bombardeios nas cidades israelenses pegaram toda a população de surpresa.
- O problema, e por isso tínhamos um pouco mais de medo, é que o Serviço de Inteligência israelita sempre está à frente de todos. E nos disseram que eles foram pegos de surpresa. Quando eles não têm controle de alguma coisa, é quando ficamos com medo, porque eles sempre têm controle quando lançam mísseis ou algo assim - disse o jogador.
O meio-campista revelou que pretende voltar para Israel, mas apenas quando as condições forem seguras para ele e sua família.
- Claro que quero voltar. Tenho toda a minha vida lá. Sei, com toda a certeza, que quando o clube nos disser que temos de voltar é porque vai estar tudo 100% sob controlo. Não sabemos o que vai acontecer, mas neste momento estou lhe dizendo que adoraria voltar e que quero voltar - completou Rodríguez.
Israel se encontra em guerra contra o Hamas, uma junta militar que se formou na região da Palestina. Desde o início do conflito, o futebol foi paralisado, ocasionando inclusive, o adiamento de jogos.