Ex-jogadores lançam ‘fashion soccer’ em máscaras com cores dos clubes

Criada há cinco anos e divulgada por alguns dos atletas mais famosos do futebol brasileiro, além de artistas e influenciadores, BUH passou a produzir máscaras especiais na pandemia

Escrito por

Conhecida por estar em redes sociais de atletas de grandes clubes brasileiros, como Jô, de volta ao Corinthians, e Willian, do Palmeiras, a BUH resolveu inovar. Criada há cinco anos por Diego Navarro e Felipe Sanchez, ambos ex-jogadores que quiseram ser pioneiros no que chamam de "fashion soccer", a empresa passou a chamar atenção durante a pandemia do coronavírus produzindo máscaras com as cores dos clubes, atingindo, também, torcedores.

- Criamos pijamas e máscaras para a iniciativa de ficar em casa, estiloso e bem protegido, com a ideia de desenvolver a marca para os parceiros e jogadores. Mas tomou uma proporção muito grande. Não vendíamos máscaras, mas, como virou acessório obrigatório, começaram a pedir e passamos a produzir, assim como pijamas. Começamos a fazer máscaras com as cores dos clube e o público começou a endoidecer. Criou-se identificação - disse Felipe Sanchez.

A dupla se conheceu em 1996, com nove anos de idade, no Corinthians. Diego era um meia-atacante, que, depois do Corinthians, passou por São Paulo, Inter e, após defender times de Minas Gerais, resolveu parar com 24 anos, para empreender em outros negócios. Já Felipe era goleiro, que ficou por dez anos no Corinthians, até estourar a idade. Atuou por equipes de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Piauí e Maranhão e, em 2016, aos 29 anos, se aposentou em Santa Catarina para se dedicar à BUH, criada um ano antes.

- Queríamos investir para quem quer se vestir da maneira que a gente gostava e se identificava. BUH é Deus, em tcheco, e o logo indica dedos para cima, como jogador faz para comemorar gol e goleiro em defesas. Não fizemos com conotação religiosa, mas como agradecimento. Lançamos o fashion soccer. Não é roupa esportiva, é para se usar fora de campo. E não começamos do zero, mas do -20, porque pegamos R$ 20 mil emprestados para empreender e fazer 200 camisetas e 50 bonés. Hoje, temos uma produção de 200 mil peças. Crescemos mais do que imaginávamos: são 20 franquias, espalhadas em todas as regiões do Brasil, em cinco anos - contou Felipe, agradecendo a ajuda de parceiros, que são cerca de 150, entre artistas, cantores e YouTubers.

- Jogador costuma pensar igual, então tentamos colocar em uma marca só o que procurávamos em várias. Comprávamos a calça de uma marca, camisa de outra, boné de outra. Trouxemos todas essas ideias para a BUH. E nossas lojas são montadas como um vestiário, o cara entra e sai como jogador de futebol, até porque todos saem iguaizinhos do vestiário depois dos jogos. Unificamos o estilo do jogador em uma marca - completou Diego.

A empresa precisou se adequar ao delivery na pandemia do coronavírus, mas foi inaugurada uma loja em Florianópolis nesta semana e outra também deve abrir as portas no fim deste mês, em Campinas. Segundo os sócios, o faturamento, hoje é de 60% do que ocorria antes da pandemia, com a expectativa de que, em junho, passe a ser de 80% em relação ao que ocorria até março. Cerca de 85% dos colaboradores foram mantidos.

Siga o Lance! no Google News