Justiça arquiva ação contra Paulo Roberto Falcão sobre suposta importunação sexual
Ex-jogador foi denunciado em agosto, por uma funcionária de um apart hotel, no litoral de São Paulo
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O inquérito policial que investigava o suposto crime de importunação sexual ligado ao ex-coordenador esportivo do Santos e ex-jogador da Seleção Brasileira, Paulo Roberto Falcão, foi arquivado nesta sexta-feira (20). O caso que aconteceu em um apart hotel em Santos, litoral de São Paulo, foi guardado a pedido do Ministério Público Estadual.
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Segundo o G1, que Teve acesso ao documento, a decisão foi tomada pelo juiz Leonardo de Mello Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Santos. De acordo com o desembargador, não há indícios da ocorrência de ilícito penal de modo a justificar o prosseguimento do caso.
- Não sendo possível concluir que o investigado tenha praticado em face da vítima ato libidinoso, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia", escreveu o juiz, na decisão. Ainda segundo ele, "nem todo contato físico pode ser interpretado como ato libidinoso - disse Leonardo.
A conclusão do ministro do MP foi a de que não houve o crime, mas o órgão não tirou a credibilidade e o incomodo da vítima. O juiz do caso alegou que Falcão foi inconveniente e certamente causou desconforto na vítima, que entendeu o comportamento do ex-jogador como se tivesse sido uma forma de assédio.
No documento, o Ministério Público destacou que a Promotoria de Justiça de Santos não duvida que a vítima possa ter interpretado o comportamento como uma forma de assédio.
- Porém, essa interpretação do evento não muda o fato de que não ocorreu a prática de um ato libidinoso contra ela, exigência do tipo penal para que seja possível reconhecer o crime de importunação sexual, na forma como ele foi descrito na lei - diz escrito o inquérito.
O juiz do caso deixou esclarecido que não se faz necessário aguardar um laudo pericial feito por investigadores particulares para a sentença do arquivamento, já que os materiais da investigação sejam suficientes para tal decisão.
Entenda o caso:
Paulo Roberto Falcão foi denunciado por uma suspeita importunação sexual na manhã do dia 4 de agosto, por uma funcionária de um apart hotel, onde o jogador mora em Santos, litoral de São Paulo. O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Além dessa denúncia, segundo a advogada, a mulher fez outra no dia 2.
A recepcionista, de 26 anos, contou que o ex-jogador entrou em uma área restrita para funcionários com algumas roupas para colocar para lavar. Antes de entregá-las, Falcão se aproximou da moça e comentou sobre a câmera de monitoramento, momento em que ela disse ter sido importunada sexualmente no dia 4 de agosto.
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Segundo a funcionária, no dia 2, a ação foi a mesma, inclusive com o mesmo discurso. Dessa vez, a mulher contou ter se afastado de Falcão e demonstrado ódio em relação à situação. A mulher contou que, devido a seu impulso, deixou o ex-jogador assustado, o que fez com que ele deixasse as roupas e fosse para o quarto.
Defesa de Falcão:
Após as acusações, Falcão pediu demissão do cargo de coordenador esportivo do Santos. O ex-jogador anunciou por meio das redes sociais, e pediu desculpas a torcida do clube.
- Em respeito à torcida do Santos Futebol Clube, pelos recentes protestos diante do desempenho do time em campo, decidi deixar o cargo de coordenador esportivo - disse Falcão.
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Além disso, Falcão ressaltou que o primeiro sentimento ao tomar a decisão, era de defender a imagem da instituição.
- Sobre a acusação feita nesta sexta-feira (4 de agosto), que recebi com surpresa pela mídia, afirmo que não aconteceu - contou o ex-jogador.
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