A Justiça determinou o bloqueio do valor de R$ 7,8 milhões das contas bancárias e bens do atacante Willian Bigode, recentemente contratado pelo Athletico-PR, e de sua esposa, Loisy. A decisão veio após pedido do lateral-direito Mayke, do Palmeiras, e foi tomada pelo juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª Vara Cível de São Paulo. A informação foi publicada pela "ESPN" e confirmada pelo LANCE!.
O pedido de Mayke é referente ao golpe envolvendo criptomoedas do qual foi vítima, revelado no início de março. O lateral alega ter perdido R$ 4,1 milhões que investiu em um esquema da empresa Xland Holding, indicado pela WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, da qual Willian é sócio.
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A WLJC Consultoria alega que também foi vítima da Xland Holding e pediu para ser retirada do processo, mas a solicitação foi negada pela Justiça de São Paulo. Em posicionamento enviado ao "ge", os advogados de Willian Bigode manifestaram "absoluta discordância" em relação à decisão desta quarta-feira.
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RELEMBRE O CASO
Ex-companheiros no Palmeiras, Gustavo Scarpa, Mayke e Willian Bigode viraram pauta após a notícia de um suposto golpe milionário sofrido pelo meia e pelo lateral-direito. Os dois atletas investiram milhões em um esquema de criptomoedas indicado pela empresa do atacante do Athletico-PR e abriram um processo para tentar recuperar o dinheiro.
Conforme consta nos processos aos quais o LANCE! teve acesso, os dois jogadores investiram mais de R$10 milhões no esquema de criptomoedas da empresa Xland Holding. Gustavo Scarpa investiu R$ 6,3 milhões, enquanto Mayke colocou quase R$ 4,1 milhões no negócio. Os dois foram levados a acreditar que teriam um retorno de 3,5% a 5% ao mês, muito acima dos padrões do mercado.
O investimento foi indicado pela WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, da qual Willian é sócio. Em posicionamento oficial, a companhia alegou que também é vítima da Xland Holding e que o atacante perdeu R$ 17,5 milhões no acordo com a empresa.