O Cara da Luva de Pedreiro, Iran Ferreira, participou ao vivo do Esporte Espetacular, da Globo, neste domingo, após ter sua história contada no com uma matéria especial em sua terra natal, no interior da Bahia. O tema tomou conta da internet e colocou o nome do jovem de 20 anos entre os assuntos mais comentados da internet.
Iran contou que a luva, comprada por R$ 2 em uma loja de material de construção, lhe dá a força para soltar seus famosos bordões. Inclusive, o jovem brincou afirmando que não batia tão bem assim quando não usava o acessório.
- A luva me da um negócio aqui (no peito) que puxa o 'Receba, pai, filho, espirito santo sííí' - disse ele, em uma das muitas vezes que repetiu o bordão durante a atração, que flui de forma natural em seu modo de falar.
Iran contou ainda que o sobrenome Ferreira é artístico e falou um pouco mais sobre cada bordão. O 'Receba' veio das críticas que ele recebia por usar a luva de pedreiro e pela sua simplicidade.
- Receba é um desabafo das críticas, quando eu marco eu olho para a câmera e digo 'Receba!'. 'Síí' eu não vou mentir, veio do Cristiano Ronaldo que eu sou muito fã. O 'Graças a Deus Pai' (e o Pai, Filho e Espirito Santo) é por que eu tenho muita fé em Deus - disse.
Iran falou ainda sobre seu maior sonho, levar benefícios para seu povoado no interior da Bahia.
- Eu quero ir lá fora (pelo Brasil) e trabalhar pra trazer coisa pra aqui, para o meu povoado. Eu quero trazer coisa para os meus amigos, porque falta muita coisa aqui. Sou muito grato a Deus. Eu era um nada, ninguém ligava pra mim. Eu cansei de chorar, mas graças a deus o negócio tá acontecendo. Eu faço isso para os brasileiros todos - disse.
- Me sinto tão orgulhoso por que o que já passamos na vida e hoje (diante do que) nós estamos vivendo ele vai dar uma vida melhor pra gente, tenho fé em deus - disse o pai.
Iran ainda brincou sobre o bordão que ele repete dizendo que é o melhor do mundo no futebol e falou sobre a ida a São Januário, o primeiro estádio que entrou na vida.
- Eu gosto do calor dos brasileiros. Eu posso não ser (o melhor do mundo), mas na minha cabeça eu sou. Eu nunca tinha entrado em estádio, primeira vez foi em São Januário, não tinha nem entrado nem pra ver jogo - revelou.
Participando da atração, Petkovic e Pedrinho falaram do carisma do garoto e a qualidade da 'chapada' nos vídeos virais que, segundo eles, foram moldados pela adversidade do campinho de terra.
- o Luva tem o carisma, isso não se treina, se tem. O campo que ele brinca é muito bom na formação, no sintético não tem isso. A batida dele é a do Juninho Pernambucano. É a batida elevador, sobe e cai rapidinho - disse Pedrinho.
- Minhas férias de infância foram assim, a gente jogando no campo assim, dentro do mato, desnivelado, sem rede - completa Petkovic.