Nesta segunda, faleceu o ex-atacante Marinho, ídolo do Bangu, com passagens por clubes como Botafogo e Atlético-MG. Aos 63 anos, ele estava internado e entubado no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) em um hospital de Belo Horizonte, em decorrência de uma infecção no pâncreas.
Nascido em Belo Horizonte, Marinho foi revelado nas categorias de base do Galo e chegou ao profissional do clube mineiro em 1974, ficou até 1978 e retornou em 1982. Com a camisa alvinegra, ele participou de 118 jogos e marcou 21 gols. Ao todo, ele conquistou os Campeonatos Mineiro de 1976 e 1978 e a Taça Minas Gerais de 1976.
Com passagens por clubes como América-SP, Pavunense, Entrerriense, Americano e São Cristóvão, ele contabilizou ainda uma breve passagem pelo San José (BOL). No entanto, seu auge na carreira aconteceu pelo Bangu.
Em 1985, foi o destaque da final do Campeonato Brasileiro pelo Bangu e venceu o prêmio da Bola de Ouro, com atuações dignas de ser convocado para a Seleção Brasileira. No confronto com o Coritiba, no Maracanã, ele chegou a estufar a rede no finzinho da partida e saiu para comemorar, mas o lance foi anulado por impedimento. Pelo clube banguense, ainda fez parte do time que se sagrou campeão da Taça Rio de 1987.
Logo depois, foi contratado pelo Botafogo e fez parte do elenco bicampeão carioca. Porém, lá teve início o seu drama pessoal. Na época vivendo em uma casa de luxo, concedia uma entrevista ao jornalista Marcelo Rezende, da Rede Globo, e falava sobre uma lesão que sofreu quando se deparou com uma tragédia. Mas seu filho Marlon, de um ano e sete meses, caiu na piscina e, mesmo depois de o garoto ser socorrido, acabou morrendo afogado. Logo depois, Marinho se separou de sua esposa, Tânia.
A dor com a perda do filho fez com que Marinho se entregasse à bebida e se envolvesse com drogas.
Em seu declínio, chegou a morar em sua Mercedes e a pedir esmolas por Realengo e Bangu. Só recebeu ajuda graças a Ado, seu ex-colega no gramado pelo Bangu. Ao chegar na equipe banguense, Marinho conseguiu ajuda para se tratar de uma tuberculose que fizera com que ele emagrecesse.
Trabalhou como assistente do Bangu (equipe que aposentou a camisa 7 em sua homenagem) e, nos últimos anos, viveu em Belo Horizonte na companhia de seus filhos mais velhos.