O jornalista Mauro Cezar Pereira criticou a justificativa do presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, sobre o aumento dos preços dos ingressos para as partidas do clube. Em pronunciamento, o mandatário rubro-negro afirmou que o reajuste aconteceu por conta de questões financeiras.
De acordo com o presidente, se o aumento não acontecesse, o Flamengo perderia dinheiro na operação dos jogos. No último domingo (23), durante o programa "Canelada", da rádio "Jovem Pan Esportes", Mauro Cezar classificou o posicionamento de Bap como "elitista".
- Ele (Bap) sabe muito bem que não é pela bilheteria que o clube vai manter o salários dos jogadores. Este é apenas um dos itens que compõe a receita do clube. Ontem, o Flamengo tinha menos de 30 mil, com protesto das organizadas, que esvaziaram o jogo também. Se o preço fosse mais barato e não tivesse o aumento que a gestão dele impôs, o clube poderia ter mais gente no estádio e uma renda até maior - iniciou o jornalista, antes de completar:
- Então, acho que é uma teimosia esse aumento. É uma visão elitista: 'Quem pode pagar, paga'. Futebol não é isso, e o Flamengo também não é. O Flamengo é um clube popular, não é um clubinho do Leblon. É um clube que tem a maior torcida do Brasil e engloba todas as classes sociais. Não estão entendendo o que é o Flamengo. Ele é povo.
Protesto da torcida do Flamengo
O aumento dos ingressos para as partidas do clube rubro-negro não foi criticado apenas por Mauro Cezar Pereira. As organizadas do clube também protagonizaram protestos contra a nova medida imposta pela gestão de Luiz Eduaro Baptista, o Bap. Como resultado, elas foram ausência na vitória por goleada do Flamengo sobre o Maricá, por 5 a 0, no Maracanã, no último sábado (22), pelo Carioca.
A vitória categórica fez a equipe do técnico Filipe Luís conquistar a Taça Guanabara. Agora, o Rubro-Negro enfrenta o Vasco na próxima fase, pela primeira partida da semifinal do Campeonato Estadual, a FERJ ainda não oficializou a data do confronto.