O jornalista Mauro Cezar relembrou a polêmica foto de Neymar com a montagem da sexta estrela no seu short da Seleção Brasileira e falou sobre a diferença entre a equipe brasileira e a argentina. Em suas redes sociais, ele destacou que, por conta do desempenho dentro de campo, a conquista da Copa do Mundo se mostrou inatingível, com outras seleções, incluindo a Argentina, mais bem preparadas durante a competição.
No início do torneio do Qatar, Neymar publicou uma foto com o short da Seleção Brasileira e um emoji simbolizando uma sexta estrela acima do emblema da CBF. A foto rodou o mundo e foi tratada, tanto por parte dos torcedores como dos jornalistas, uma maneira arrogante de se mostrar para o público, dando a entender que o Brasil conquistaria a taça no Qatar.
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- E teve isso. Ficou a pergunta: pra que isso? E a conclusão: achavam mesmo que ganhariam a Copa do Mundo, mas em campo vimos que era algo inatingível. Havia alguns adversários muito mais bem preparados - comentou Mauro.
Na época da publicação, Mauro Cezar defendeu o camisa 10 contra ataques de veículos internacionais com relação a foto. Porém, durante programa da "Jovem Pan", ele ressaltou que Neymar sabia da briga que estava comprando caso não vencesse a Copa do Mundo.
Na manhã desta segunda-feira, o jornalista também escreveu, nas redes sociais, sobre a relação dos brasileiros com a seleção argentina. Apesar da rivalidade, muitos torcedores queriam a conquista de Messi, que foi eleito o craque do torneio.
- O que se passa na Argentina é um fenômeno, Messi revive Maradona e catalisa toda a população ao redor do time albiceleste. Aí entra a relação dos argentinos com o futebol, na média muito mais visceral, e o contraste com o distanciamento de tantos brasileiros em relação à Seleção - explicou o comentarista.
Mauro também criticou, mais uma vez, a postura das referências do Brasil na Copa e o trabalho de Tite, treinador da Seleção neste ciclo. O Brasil foi eliminado nas quartas de final, para a Croácia, na disputa por pênaltis.
- Messi é o craque generoso, joga para o time, ajuda os companheiros, deles não se queixa nem quando erram feio. Já o Brasil tinha como referência alguém paparicado pelo técnico e por colegas de time. Apesar do talento, incapaz de gerar situações coletivas para o time como poderia. A distância entre o que as equipes de Argentina e Brasil apresentaram no Catar foi imensa - avaliou.
A Argentina se sagrou tricampeã mundial ao vencer a França, no último domingo, nas penalidades. O empate em 3 a 3 nos 120 minutos de bola rolando teve dois gols de Lionel Messi, um de Di María e hattrick de Mbappé para a França. Na disputa por pênaltis, Coman e Tchouaméni desperdiçaram e Montiel fez o gol do título.