A TV Globo exibirá no próximo domingo a final da Copa das Confederações de 2005, entre Brasil e Argentina. Após o sucesso da reexibição da decisão da Copa do Mundo de 2002 no domingo de Páscoa, a emissora vai repetir a dose e, desta vez, deixou o público escolher o próximo jogo da Seleção Brasileira.
No podcast 'Posse de Bola', do portal UOL, o comentarista Mauro Cezar Pereira falou sobre a reprise da partida, que terminou com vitória brasileira por 4 a 1. O jornalista lembrou que os argentinos não contavam com o seu time principal e afirmou que seria mais 'relevante' exibir a derrota por 7 a 1 para os alemães, em 2014.
- Por que não o 7 a 1, que é muito mais emblemático? Não vai dar audiência. Vamos botar o Brasil surrando a Argentina, a Argentina com o time cheio de reservas. Pega a escalação da Argentina naquele jogo de 2005 e vê o que jogou a Copa do Mundo de 2006, totalmente diferente. Tinha três ou quatro jogadores, se não me falha a memória. Não era o time titular da Argentina, e o Brasil foi com a força máxima e ganhou daquela maneira - disse.
Além da derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo de 2014, Mauro Cezar também sugeriu a transmissão da derrota para a França, no Mundial da Alemanha, em 2006. O jornalista defendeu a ideia que a exibição destes jogos serviria de reflexão para o futebol brasileiro e não alimentaria a 'arrogância' do brasileiro em Copas.
- O Brasil em Copa do Mundo é uma arrogância só, por isso que no domingo a Globo, inteligentemente, vai mostrar Brasil x Argentina reserva, porque foi um massacre do Brasil. Por que? Porque vai continuar alimentando o que o brasileiro gosta de ver que é a seleção brasileira triunfando, mesmo que seja de mentirinha - afirmou o comentarista.
- O brasileiro não quer ver o 7 a 1. Não quer ver o Zidane dando show e o Brasil perdendo para a França. Para pensar por que a gente perdeu isso? Olha essa bagunça. Essas reflexões não nos interessam, nós somos o povo que quer viver da mentira no futebol e em outras áreas também, diga-se de passagem. A gente vai vivendo numa mentira atrás de outra, inclusive no futebol. É o processo de alienação da alienação - finalizou.