Milton Leite critica Cuca por acusação de estupro: ‘Se é inocente, por que demorou para se defender?’
Narrador do SporTV questiona postura do treinador sobre caso que aconteceu há 34 anos
O narrador do SporTV Milton Leite questionou um posicionamento do treinador Cuca, ex-Santos - que se defendeu de uma acusação de estupro ocorrida em 1987 -, nesta quarta-feira. Em participação no "Redação SporTV", o comunicador criticou a demora de uma resposta do ex-atleta sobre o caso de assédio sexual, que pode complicar a negociação de Cuca com um gigante brasileiro 2021.
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- Se ele é tão inocente assim por que demorou 34 anos para de defender? Ou não foi até a Suíça para se defender. Se é tão inocente, por que não dar uma entrevista onde possam te contrapor? - disparou Milton.
- Ainda bem que os tempos mudaram e hoje a gente possa falar abertamente disso (estupro) e cobrar as pessoas por isso. Apesar desse depoimento do Cuca, muitas coisas ficam em aberto, porque a gente vai perguntar e ele não vai responder - finalizou ele.
Campeão com o clube de Minas Gerais e especulado para assumir o Atlético Mineiro, Cuca ganhou o prestígio em ao conquistar a Libertadores 2013 com Ronaldinho Gaúcho, Bernard e Jô. Preterido pelos atleticanos em outros anos, ele recebe a rejeição por esse um caso policial de 1987, em Berna, na Suíça, quando jogava no Grêmio. Naquele ano, uma garota de 13 anos acusou de estupro coletivo Alexi Stival (Cuca) e outros três jogadores do time gaúcho: Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges.
CUCA SE DEFENDE 34 ANOS DEPOIS
A acusação se transformou em condenação em 1989, mas não por terem supostamente estuprado a jovem e, sim, porque ela tinha apenas 13 anos, sendo uma violência sexual contra pessoa vulnerável. Cuca e os demais jogadores do Grêmio foram condenados a 15 meses de prisão, porém, ele nunca cumpriu a pena, pois o Brasil não extradita seus cidadãos.
Em entrevista ao Uol, nesta semana, ele se defendeu da acusação, que gerou uma punição por parte da Justiça local.
- Não fui julgado e culpado. Fui julgado à revelia, não estava mais no Grêmio quando houve esse julgamento com os outros rapazes. É uma coisa que eu tenho uma lembrança muito vaga, até porque não houve nada. Não houve estupro como falam, como dizem as coisas. Houve uma condenação por ter uma menor adentrado o quarto. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual, (não houve) tentativa de abuso ou coisa assim - falou o treinador.