Partindo para sua terceira Copa do Mundo na carreira, a narradora Renata Silveira admitiu que seria especial trabalhar em um jogo da Dinamarca no Qatar. Em 2021, foi a jornalista que realizou a transmissão da partida entre os dinamarqueses e a Finlândia pela Eurocopa, marcada pela parada cardíaca de Christian Eriksen — presença mais do que confirmada no Mundial de novembro.
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- Se me perguntar um jogo que eu quero narrar, coloca o da Dinamarca na conta - admitiu Renata, durante evento realizado pela Globo para a Copa do Mundo.
Feliz por realizar mais uma vez o sonho de trabalhar em uma Copa do Mundo, a narradora viu sua carreira deslanchar quando venceu o concurso Garota da Voz, promovido pela Rádio Globo, em 2014. Como prêmio, trabalhou na Copa de 2014 — e em todas desde então.
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- Eu estou aqui para narrar. Qualquer coisa, qualquer seleção. A Copa do Mundo não tem jogo pequeno. A minha história é toda ao contrário, né? Eu comecei narrando a Copa do Mundo em 2014 e me tornei a primeira mulher narrando um jogo de Copa do Mundo - disse.
Após sua primeira participação em Copas, Renata crê que o papo sobre participação de mulheres no esporte tenha esfriado um pouco. No entanto, entre as edições de Rússia e Catar, a brasileira enxerga uma abordagem diferente em relação ao assunto.
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- A gente agora tem mulheres contratadas em empresas, trabalhando com futebol, narrando futebol. Essa evolução, esse espaço que a gente está conquistando, é muito pela nossa capacidade, mas também pela oportunidade e pela visão que as empresas estão tendo em relação a isso, de que as mulheres também narram - ressaltou.
- É uma representatividade muito grande. Geralmente eu estou falando para um público menor, um núcleo que gosta de futebol, mas quem não gosta de futebol vai acompanhar a Copa. É uma coisa que eu não tenho nem dimensão - destacou Renata.
Por fim, Renata destacou a importância do alcance que as mulheres conseguem ao narrar a partida do principal torneio de seleções do mundo. Na visão dela, outras mulheres que sonham em trabalhar com futebol se sentem representadas ao ligarem a televisão e encontrarem alguém do mesmo gênero.
- A gente vai crescer cada vez mais, porque agora as meninas vão poder ligar a televisão e ver mulheres narrando. A partir do momento que você tem um exemplo, você tem alguém para se inspirar. Eu nunca imaginei fazer isso na vida, porque eu nunca vi nenhuma mulher fazendo isso. A gente pode ser espelho para outras meninas, outras mulheres perceberem e notarem que é possível ser uma narradora, só porque tem alguém ali fazendo isso também - finalizou.